Epílogo I

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3 anos depois...

Eda

— Eda, Eda, Eda, Eda...

Uma vozinha estridente grita meu nome sem parar.

Ela sempre faz isso, depois que aprendeu a nos chamar, Chloe repete o nome da pessoa que ela quer atenção muitas vezes até que olhemos pra ela.

Sorrio e deixo o pote em que estava batendo o bolo encima da bancada.

— Sim meu amor. — me agacho para ficar no nível dos seus olhinhos. Olhos verdes como os do seu irmão.

Olhos que sempre quando a saudade aperta demais eu me perco um pouco só pra não ficar triste por ele estar longe.

— Quando Serkan vai chegar? Eu estou com saudades dele.

E ela não é a única. Ele está voltando depois de uma temporada pesada de jogos. Finalmente voltando pra casa pra passar dois meses inteiros em casa comigo.

Não é como se ele e eu tivéssemos ficado meses longe, de alguma forma nós sempre damos um jeito de nos encontrar.

Quando os jogos são em cidades próximas que eu posso ir de carro é o que faço, mas tem vezes que os jogos são muito longe e não valeria a pena uma viagem para acompanhá-lo porque eu não posso deixar meu trabalho.

Mas meu lindo homem sempre dá um jeito. Nos falamos todos os dias durante as três semanas que ele teve que passar longe e que não pude comparecer a nenhum jogo porque não estive me sentindo muito bem, fosse por vídeo ou somente chamadas normais apenas para ouvirmos a voz um do outro, apenas pelo "boa noite" e "nos vemos em breve"

A cada início e fim de treino ele me mandava mensagem dizendo o quanto me ama e o quanto a saudade estava grande.

Eu entendo, somos “gente grande” agora e não podemos estar sempre juntos mesmo estando casados porque a vida de um jogador profissional — que é o que meu marido é — é bem conturbada.

Mas tudo vale a pena pra mim, a falta, a saudade, os dias longe porque eu sei que ele está seguindo seu sonho. Que ele é feliz porque estamos juntos e ele está sendo quem sempre quis ser, o melhor jogador da NFL.

Eu olho para o relógio encima da cabecinha loura da minha irmãzinha de coração.

— Ele está prestes a entrar por aquela porta.

Ela saltita e bate as mãozinhas feliz. — Eu posso esperar na escada da frente?

Pressiono os lábios um no outro. — Pode se sua mãe deixar ok? Vá até ela lá atrás e pergunte se tudo bem.

Ela acena e sai correndo com seus pés ecoando pelo corredor até o jardim atrás de nossa casa.

Hoje, além de ser um dia feliz porque meu homem vai estar em casa, também é aniversário do nosso casamento.

O dia em que fizemos promessas de que é pra sempre.

Nos casamos em uma linda tarde de verão no campo da universidade de Stanford porque foi em umas das salas ali perto que nos conhecemos, que nos apaixonamos, que conhecemos nossos defeitos e aprendemos a viver com eles, que aprendemos juntos, que nos descobrimos almas gêmeas.

Confusão do Destino ✅️Where stories live. Discover now