Confusão do Destino ✅️

9.

Serkan

É a segunda vez em duas semanas que acordo sentindo esse cheiro gostoso de baunilha. O cheiro dos cabelos da Eda.

Ainda não abri os olhos mas sei que estou virado de costas na cama e ela está enganchada em meu corpo. Sua cabeça está aninhada na curva do meu pescoço, o braço esquerdo repousa encima da minha barriga e uma de suas pernas está enlaçada entre as minhas.

É aconchegante. É um lugar feliz.

Não sei exatamente o que me fez vir até aqui ontem a noite. Eu simplesmente segui meu instintos que diziam que precisávamos conversar e eu queria ver como ela estava e se não estava mesmo fugindo de mim.

O fato é que Eda tem algumas questões emocionais as quais não consegue se livrar e eu prometi ajudá-la.

É estranho pensar isso porque fazem apenas algumas semanas que a conheço mas ao lado dela eu sinto uma diferente sensação de felicidade. Isso me assusta, mas no momento vou deixar o medo de lado e apenas apreciar a vista.

É óbvio que quero beijar essa garota até que essa vontade incontrolável de tê-la desapareça. E também é óbvio que não quero só beijar ela, quero transar com ela, quero muito.

E só de pensar nisso e sentir como ela está agarrada ao meu corpo nessa manhã, alguma coisa está acontecendo lá nos países baixos. Meu pau se manifestou e está gritando um "bom dia" sorridente. Merda.

Me mexo devagar tentando levantar mas ela se agarra mais a mim o que me faz sorrir.

— Eda — chamo e ela murmura algo que não entendo e o sorriso se abre mais em meu rosto.

— Eda — tento de novo. Agora ela arruma a cabeça mais perto do meu rosto e encosta o nariz na minha bochecha.

— Hum? — ela responde ainda de olhos fechados.

— Eu tenho que ir, tenho treino.

Ela passa os dedos pela minha barba. Levanta a cabeça e me encara com os olhos sonolentos, então volta a se aconchegar enquanto diz um "não" manhoso em meu pescoço.

Me viro de lado e acaricio seu queixo. Passo a mexa de cabelo que caiu em seu rosto por trás da sua orelha e ela sorri de olhos fechados.

— Eu realmente preciso ir Eda!

Os cílios longos tremem e ela abre os olhos castanhos pra mim.

— Tudo bem — solta com um suspiro.

— Você tá bem?

Ela concorda com a cabeça.

— Desculpa por ter surtado e chorado feito maluca ontem.

— Sem problemas, só espero ganhar um recompensa legal por tudo que fiz sabe…

Ela da um tapa na minha testa.

— Você me deu um tapa na testa?

Outro tapa na testa.

— Pra você deixar de ser babaca! — mas ela está sorrindo quando diz então quer dizer que não está brava.

— Você não deveria ter feito isso Eda! — advirto.

— Ah é, por que não? — provoca.

— Por causa disso… — faço cócegas em sua barriga até ela gritar pedindo que eu pare e se render.

— Eu me rendo, me rendo pronto! — ela segura meus punhos com os dedos finos. Está ofegante.

— Você nao aguenta a pressão Yildiz!