Capítulo 35

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🚨 GATILHO 🚨

Gente, esse capítulo tem uma mistura de gatilhos, então se for sensível com alguns assuntos nem tinha que está lendo essa história, por favor 😬😬 mas se está lendo mesmo assim, apenas pule esse capítulo!!! Eu tentei não detalhar o ato nem a prática, tentei escrever mais sobre os pensamentos de Ana, mas ainda assim, TEM GATILHO!! enfim, espero que curtam o capítulo apesar de tudo 🥰

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Capítulo 35 - As coisas ruins das pessoas

"É que eu sou apenas humana, e sangro quando caio, e eu me despedaço e eu me quebro. Suas palavras na minha cabeça são como facas no meu coração,  e eu desmorono...porque eu sou apenas humana.

Para Ana foi como se estivesse fechados os olhos e os aberto novamente, um milésimo de segundo apenas, desde o momento em que estava no banheiro e de repente abriu os olhos estando deitada numa superfície nada macia e bem diferente do colchão d'água.

Havia alguém com ela também, mas não era Christian, ela ao menos precisava olhar para saber. Os passos eram brutos e apressados, o cheiro no ar parecia de móvel velho e o principal, Ana se sentia em perigoso.

Era engraçado a forma que seu cérebro e seu corpo funcionavam com conjunto. Ela não processava a dor se, por exemplo, se cortasse, mas havia um alerta sempre em seu cérebro lhe dizendo que era perigoso, fazendo seu corpo se arrepiar e suas mãos tremerem ao que chegava perto de algo afiado.

Christian havia chamado aquilo de 'instinto de sobrevivência' quando ela questionou o outro sobre. Ele explicou da forma mais fácil possível que o lado mais humano dela sempre seria sua melhor parte, seus instintos - mesmo que confusos - sempre estariam certos e eram neles que ela deveria confiar cegamente.

E Ana o fazia desde então.

Principalmente naquele momento, quando abriu os olhos lentamente, sua cabeça pesando de forma estranha e o cheiro forte no ar inundando suas narinas e a fazendo enjoar o estômago. Seus instintos gritavam, seu cérebro comandava que ela deveria sair dali o mais rápido possível.

Seus braços se moveram automaticamente, porém, sem sair mais que um centímetro do lugar ao que estavam presos à lateral da cama. O desespero ficou maior ao sentir seus tornozelos também presos.

O vestido azul havia subido mais do que já era curto, e em dois ou três centímetros mais para cima já mostraria a cor de sua calcinha.

O coração de Ana hiperventilava enquanto ela tentava fazer sua respiração e também sua mente se acalmarem.

Precisava pensar. Entender.

Inspirar.

Expirar.

Inspirar.

Expirar.

Se controlar.

Estava tudo bem. Bom, pelo menos ficaria.

Christian estaria a procurando, também sua família, logo a encontrariam e ela estaria de voltar em casa.

A porta fez um barulho estranho - pelo menos ela achava que era uma porta - como enferrujada, e ela ouviu os passos pesados de antes se aproximarem dela cama.

_ Acordou rápido, querida - ele falou.

Ana mordeu o lábio inferior com força, sentindo os olhos arderem com as lágrimas antes mesmo dela conseguir processar que estava chorando, tendo sua garganta fechada com um nó embolado quando o homem se sentou ao seu lado e inclinou o corpo até que tivesse o rosto bem rente ao dela.

50 Tons de Uma SalvaçãoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora