Capítulo 12- Confiança

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✧*:.。. Hinata .。.:*✧

Hanabi era uma garota estranha e um tanto quanto ingênua. Mesmo depois do nosso último encontro conseguia notar algumas vezes em que ela me seguia e isso estava começando a ficar desconfortável. Essa era a sensação que eu causava nas pessoas?

Depois do nosso último encontro — quando Hanabi forçou-me a usar aquele vestido ridículo — realmente não deixamos suspeitas a ninguém. Toneri às vezes me olhava torto estranhando aquele vestido, mas até que eu me acostumei a usa-lo. Não havia ficado tão ruim em mim.

A akatsuki estava planejando algo grande. A notícia do noivado da princesa espalhara-se pelo reino e a akatsuki aproveitaria como bem entendesse da situação. Hanabi havia me contado algumas coisas sobre seu noivado, mas tinha certeza que ela escondeu algumas coisas.

Hanabi dissera-me que este casamento seria uma boa união para Konoha e nos seria bastante útil no futuro. Sobre seu noivo, Hanabi não me deu muitas informações, apenas disse ele era bonito e idiota. Não pedi mais informações, aquilo não era da minha conta. Não seria eu a casar com o idiota.

As visitas de Hanabi se tornaram constantes. Ela era ingênua, como poderia confiar em quem tentou rouba-la? Será que ela tinha noção que é a princesa de Konoha e futura rainha de uma nação?

Há alguns dias atrás uma senhora ousou me parar na rua, dizendo que já havia me visto em algum lugar. As pessoas começaram a desconfiar. A medida que Hanabi começava a frequentar mais o reino — seja pra me visitar ou visitar o namorado — as pessoas começavam a decorar seu rosto e quando me viam na rua me paravam fazendo perguntas inconvenientes. Tentava ao máximo fugir de todas elas.

Ao chegar em casa, abri a porta dando de cara com Hanabi. Aquela garota era maluca.

— Bom dia! — Hanabi cumprimentou alegre enquanto dobrava algumas roupas.

Ela sismava de querer limpar minha casa. Aposto que a princesa nunca tocou em uma vassoura na vida, mas a medida que passava a frequentar minha casa, passava a ter manias irritantes de limpeza. Como por exemplo dobrar nossas roupas e limpar lugares que já estavam limpos, isso quando ela não sismava de limpar as paredes e obrigava-me a ajudar, logo em seguida dando um chilique por ter quebrado uma de suas unhas.

— Bom dia. — passei meus olhos olhando em volta.

Hanabi estava aprendendo a ser um pouco como eu. Ela havia aprendido os horários do pessoal da casa e sempre vinha quando a mesma estava vazia. Ela estava ficando mais esperta e embora uma ou duas vezes ela tenha se esbarrado com alguém a não ser eu, ela conseguiu os driblar certinho.

— O que está fazendo? — perguntei e Hanabi revirou os olhos.

— Isso não é óbvio? Estou tentando deixar esse lugar um pouco mais apresentável. — pelo ou menos ela parou de chamar meu lar de chiqueiro.

— Não vai quebrar suas unhas ? — tentei soar debochada.

— Não se preocupe com elas, não há mais unhas para quebrar — me mostrou as mãos aonde suas unhas estavam curtas e tortas — quer fazer uma loucura ? — Hanabi se levantou parecendo animada.

— Que tipo de loucura?

— Não confia em mim? — torceu um bico.

— Na verdade não.

— Uau. Isso me magoou. — fingiu decepção — você é cruel.

Revirei os olhos para seu drama e fui até a cozinha preparar algo para comermos. Hanabi não era fã da minha comida, mas toda vez que se recusava a comer feito a menina mimada que nasceu para ser, eu conseguia dar um jeito em sua petulância. As vezes parecíamos mãe e filha.

Por Konoha Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt