XXIII - viginti tres

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                                                                                       drapetomani

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Harry

Não seria muito difícil se acostumar a ter isso todos os dias. Já tinham passado vários minutos desde que acordou, mas ainda continua da mesma maneira imóvel. Louis tem os braços à sua volta, as mãos pequenas chegando no meio das suas costas ao que sua cabeça está logo abaixo da axila dele. A diferença de altura fica ainda mais perceptível assim, porém a cama do mais velho é grande o suficiente para que nenhum membro penda para fora.

O outro parece tão relaxado que não conseguiu se obrigar a cumprir a promessa que o acordaria quando quisesse ser levado para casa. O cacheado a essa altura sabe bem os horários da rotina dele para saber que ainda faltam boas cinco horas até que ele desperte naturalmente. Contudo, é diferente para si. Tal qual se tivesse um órgão interno especial para isso, acorda cedo nem que durma tarde.

Com pesar, Harry admira o semblante calmo do menor antes de se afastar cuidadosamente, indo contra o desejo do próprio corpo de permanecer onde está, sentindo o cheiro do outro e os lençóis quentes à sua volta. No entanto, tem pequenos seres em casa que precisam de um pouco da sua atenção. Sempre soube a responsabilidade que viria ao ter animais domésticos, não começaria a ser omisso agora.

E, mesmo que o cômodo não esteja frio, é quase instantânea a falta que o calor do namorado faz. Com passos curtos, caminha até a cadeira onde tinha deixado a calça na noite anterior, pondo-se a vesti-la em silêncio para então calçar o tênis e pegar a mochila. A fim de evitar algum provável barulho, opta por usar o banheiro do corredor ao invés da suíte; as orbes verdes vagueando até Louis uma última vez no seu trajeto para fora.

Contudo, acometido pelo desejo de dá-lo um beijo antes de ir, se interrompe na porta. Franzindo o nariz, bufa pelo pensamento que o ato faria o outro acordar já que não tem o sono pesado. Então, chega ao impasse de apenas deixar um bilhete, um tanto desgostoso. Pegando uma caneta, rabisca na folha do seu bloco de anotações antes deixá-la ao lado do celular de Louis.

"Estou lhe devendo beijos de bom dia, por favor, me cobre.

Ps: Desculpa não te acordar, mas parecia que eu cometeria uma violação contra a paz mundial.

Com amor, Amor"

[...]

— Ei, o que aconteceu com a minha garota? – Murmura baixo, recebendo um sacudir de rabo da cadela sem que detenha o caminhar nervoso de um lado para o outro. — Eu já dormi fora antes e você não ficou assim.

Mesmo após a longa volta no parque Sven continua agitada, nem mesmo oferecê-la seus petiscos favoritos está adiantando. Desmond o avisou antes de sair para o trabalho que ela passou a noite toda nesse estado de alerta, farejando a casa toda. Até quando o cacheado chegou praticamente sofreu uma revista, tendo a mochila e o corpo cheirado até onde ela pode alcançar, sem se dar por satisfeita.

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