Capítulo 19

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Aos poucos, Enya se afastou de Cassian, que segurava sua cintura de maneira reconfortante

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Aos poucos, Enya se afastou de Cassian, que segurava sua cintura de maneira reconfortante. Seus corpo parecia mais pesado conforme andava sobre o elegante piso, que mesmo com o desgaste do tempo, não apagou sua elegância. Seus olhos vermelhos olharam em volta do grande salão, seu rosto era esculpido em frieza enquanto observava tudo sem nenhuma emoção. Seu queixo se ergueu quando olhou para o grande trono, onde Amarantha deveria se sentar com tanta certeza de que sempre teria Prithyan em suas mãos, agora, estava acabado, destruído e logo cairia aos pesados.

Ela ignorou tudo isso, então, refez o torturante caminho que à centenas de anos atrás tinha feito, com Cassian a acompanhando de perto. Não demoraram para chegar aos corredores escuros e macrabos, as velhas pilatras sendo abraçadas por galhos velhos e quebradiços, sujeira e pó dominavam o lugar, com grandes teias de aranha enfeitando as antigas paredes. Ela percebeu que à cada passo dado, a escuridão se fazia ainda mais presente, e logo ameaçaria os engolir, Enya pegou uma tocha de um gancho esquecido e enferrujado da parede. Seus dedos faiscaram com as chamas cheias de luz, e logo trouxeram iluminação para o lugar.

Lembranças do fatídico dia pareciam sussurrar em seu ouvido como um tormento, fazendo suas mãos se apertarem quando chegou em frente a entrada do cômodo pequeno, Cassian percebeu sua dor, seu incômodo e tristeza, sua mão subiu até os ombros de Enya, com um aperto pequeno para conforto.

— Estou aqui com você. — Ele disse, ela assentiu, e então oa dois entraram.

Existia um cheiro pudrido e azedo, mofado e que irritava seu nariz, a mesa de ferro ainda estava disposta no meio da sala, enquanto as correntes estavam jogadas sobre o chão, lentamente ela se aproximou, era difícil pensar que tudo aquilo que ela teve que aguentar, não se passou de uma maldição e um sono da morte. Seus dedos deslizarem pelo ferro frio, a causando arrepios ao se lembrar de tudo o que havia passado nesse lugar. Um lugar de sua mente se lembrou dos abusos físicos e psicológicos, e o quanto ela aguentou.

Respirando fundo, saindo da névoa escura e sombria que ameaçava a tomar, ela se afastou da mesa. Olhando em volta, ela encontrou o que procurava, na outra extremidade, correntes estavam grudadas na parede.

Agora sem um corpo para segurar, sentindo a garganta seca, ela foi até o local mais escuro.

Com o tempo, o corpo que devia ser de Drake, havia sido comido por insetos nojentos, sobrando ossos e suas vestes em farrapos pelo tempo, mas agora. Não existia mais nada, os ossos não eram mais nada ao não ser pó contra o chão, os tecidos de sua roupa se desfaziam com um simples toque. Com a mão trêmula, ela aproximou ao chão, tocando o metal frio da aliança que suportou as centenas de anos.

Apertando forte entre seus dedos ela se levantou, com um aperto no peito ela olhava, ele nunca havia recebido um funeral digno de quem era.

— Vamos embora. — Sua voz triste disse. — Por favor, vamos embora.

Cassian foi até ela e a abraçou, correndo rapidamente para fora do lugar, se jogando da primeira janela que viu em frente ao seus olhos voando contra o vento.

Enquanto eles partiam, a sala se desfazia com o fogo que a queimava, era um passado, que Enya estava apagando.

****

Cassian pousou sobre uma colina na Corte Outonal, seguindo o que Enya balbuciava baixinho em seu ouvido.

Grandes árvores os cercavam, com a cor vibrante do outono, pequenos animais se misturavam pelo lugar, enquanto o chão era coberto por floras laranjas, verdes, vermelhas e marrons caiam de suas árvores. Cassian respeitando o momento de Enya, se afastou assim que ela se pos firme no chão, ele desceu a colina e lá de baixo a ficou olhando.

Lentamente, ela se ajoelhou no chão, com as mãos tremendo, ela retirou a aliança de Drake de seu dedo anelar, e junto dele, sua aliança de casamento havia sido retirada, om suas próprias mãos, ela enterrou os dedos nas floras, as tirando de seu caminho chegando até a terra, e cavando um pequeno buraco, Enya ofegou com um pequeno soluço que saiu de seus lábios entre abertos, e as alianças caíram sobre o buraco que a mesma cavou.

— Está na hora de te dizer adeus. — Ela soluçou dolorosamente. — Porque toda essa situação me leva ao extremo cansaço.

Ela levou sua mão em frente à boca, tentando controlar as lágrimas e os soluços.

— Eu enterro aqui e agora o nosso passado. Enterro com você, a antiga Enya, e permito que você a leve com você.

Ela colocou terra por cima, logo cobrindo com as folhas, Enya se abaixou e sua testa tocou o chão, como se ele estivesse a cumprimentando, ou pudesse de alguma forma à responder, o vento passou por seus cabelos, os bagunçando contra o ar, folhas voaram do chão e a rodearam.

Ela se levantou e sorriu, ela riu para o novo horizonte, lá em baixo ela viu que Cassian a encarava preocupado.

— Adeus Drake. — Enya disse.

E então ela se libertou de seu passado, e caminhou para seu futuro, Enya correu até ele, caindo nos braços abertos do macho que já a esperava. Dessa vez, quando ela o encarou, existia a felicidade que ela queria.

Enya segurou o rosto de Cassian, e com delicadeza o trouxe perto de si, ele colocou a mão na nuca, enroscando os dedos nos cabelos negros e a outra segurou fortemente a cintura estreita.

Enya e Cassian se beijaram, e eles sentiram que todo aquele futuro que pensaram que estava ruído e em pedaços, se construindo novamente.

Era apenas os dois e mais ninguém.

Enya superou seu passado, apesar de que sentiria saudade, ela o deixou ir, e estava pronta para enfrentar seu futuro.

Cassian soube naquele momento, enquanto estava nos braços da mulher, que ele precisava fazer o mesmo.

Iria superar todo o seu passado.

— Quer fazer algo louco? — Ele perguntou, recuperando o fôlego após o beijo.

— Sim. — Enya respondeu.

****

Cassian segurou a mão de Enya quando eles chegaram na cabana afastada, ela observava atentemente o casal arrumando a mesa ao lado de uma cama. Ela era uma maldita assassina sanguinária, mas admitia que estava com um pouco de medo agora.

— Se precisa fazer algo. — O homem disse baixo, pegando sal e agulhas. — Faça agora, ficará deitada por um bom tempo.

Cassian tinha levado Enya para fazer uma tatuagem.

Como alguns sabem, essa fanfic tem bastante referências a Tog

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Como alguns sabem, essa fanfic tem bastante referências a Tog.

E uma vez eu li uma teoria de que Celaena morreu, indo para o outro lado ficar com Sam.

E a Aelin ficou com Rowan.

Era isso que eu quis passar nesse capítulo, Enya deixou sua antiga pessoa morrer e se juntar a Drake, enquanto a nova mulher que se tornou, sabia que queria um futuro com Cassian.

Corte de Almas Perdidas | ᶜᵃˢˢⁱᵃⁿWhere stories live. Discover now