Corte de Almas Perdidas | ᶜᵃˢˢⁱᵃⁿ

Capítulo 7

Enya levou a garrafa mais uma vez até seus lábios, bebendo outro longo gole de vinho que o general tinha a oferecido.

De onde aquelas garrafas e mais garrafas do melhor vinho aque ela já provará vinha? Isso, ela realmente não fazia ideia. Após a mesma ter escrito na neve, que sim, gostava de vinho, Cassian pedira desesperadamente alguns minutos, ela permaneceu sentada enquanto ele partiu para provavelmente sua casa, ela não imaginava que o mesmo voltaria, mas ele voltou.

Carregando consigo garrafas de vinho, olhando para todos os ângulos possíveis a procura de só a Mãe sabe quem, ele quase parecerá que cometerá um crime hediondo.

Cassian trouxera consigo também, alguns cobertores com o intuito de aquece-lá, ela quase sorriu com a ironia disso, Enya não passava frio, não quando seu poder estava completamente acordado, queimando dentro de si.

Mas não sorrirá, não esboçou nenhuma emoção ou reação em seu belo rosto, apenas concordou com a gentileza de Cassian em se preocupar com o que ela sentia.

— Eu meio que fui proibido de voltar a Corte Estival depois daquilo. — Cassian solta uma risada embriagada. — Um grande exagero né? Quer dizer... Era só um prédio velho e decadente.

O general sorriu de lado, a bebida já o atingindo o suficiente para estar bêbado e sorridente, Enya por outro lado se mantinha sóbria o observando.

— O que você acha sobre isso amiga?

Ela pegou o graveto que estava no chão, aquele que Cassian fez questão de deixar ao lado dela.

"Acho que você está bêbado demais, e está na hora de dormir."

Cassian tombou a cabeça para o lado, choramingando ao ler a frase feita na neve, como um garotinho mimado fez um bico em seu rosto, a olhando com seus olhos castanchos e suplicantes.

Mas Enya não esboçou reação, nada que indicasse que aqueles olhos tenha feito algum efeito sobre ela. Cassian fez uma carranca em seu rosto, se levantando cambaleante so perceber que era uma causa perdida.

— Você é muito séria. — Resmungou.

Enya respirou fundo ao se levantar, tomando os braços fortes de Cassian para si, colocando um sobre seus ombros, tiverá que se controlar para conter seu poder dentro de si mesma, somente o simples toque e aproximação a deixava inquieta, ela o queimaria se fosse outro alguém, mas realmente não queria machucar Cassian.

— Não gosto de você de agora em diante. — Ele balbuciou enquanto a abraçava.

A assassina desinteressada, se limitou a dar de ombros, mostrando claramente seus pensamentos de não se importar com o que ele pensava ou sentia.

Ela os atravessará até a Cada do Vento, entrou a passos lentos, carregando Cassian quase adormecido sobre seus olhos, o jogou no sofá mais próximo, logo arrumou a capa em volta do corpo, antes de partir, olhará para a mesa de madeira ao lado do sofá e então deixará uma lambrança.

Enfim voltou para Corte Outonal, ficando em seu quarto iluminado pelas velas, tirando a escuridão que tanto a assustava de perto, Enya ficou sobre o parapeiro de sua janela, olhando para todas as estrelas quEqpodia.

Ela não dormirá aquela noite, e não se permitiria dormir. Não quando todos os seus demônios internos estavam a espreita de seus sonhos.

****

Cassian deixou um de seus braços por cima dos olhos, tentando cobrir o sol incômodo que batia em seu rosto, murmurou palavras desconexadas durante o sono, tentando abafar as vozes a sua volta com uma almofada.

Ele gemeu frustrado quando sentiu alguém balançar seu corpo fortemente.

— Eu vou ter mesmo que levantar para vocês pararem de me encher a porra do saco?

Morrigan não se importou com seu tom de voz brusco e rude, a curiosidade a corroia de dentro para fora, então continuará em sua tentativa de acordar Cassian, pulando sobre o general, agora sim, o fazendo acordar totalmente.

— Que porra! — Grunhiu baixo.

Cassian se sentou, massageando a cabeça enquanto tentava reorganizar suas ideias por cima da enxaqueca por todo o vinho do dia anterior.

— Vai nos explicar o que é isso? — A loira perguntou com as mãos em seus quadris.

— Explicar o que?b— Ele perguntou.

Morrigan apenas levantou sua mão e apontou para a mesinha do lado.

Em forma de agradecimento, por terem tentado de alguma maneira me ajudar, convido você. Cassian, e o resto dos membros de sua família, para a celebração em minha homenagem.

Ficarei grata se aparecem quando o sol estiver se pondo.

Enya.

Cassian lerá rapidamente as palavras queimadas sobre a mesa de madeira a seu lado.

— Vocês são todos uns burros, não vêem que é um convite para uma festa?— Rolou os olhos e se deitou de novo.

Feyre bateu a mão em sua testa e negou com a cabeça.

— Todos nós percebemos que isso é um convite. — Ela disse. — Só queremos saber, como foi que aconteceu. Para que ela tivesse que te trazer quase carregado ontem...

Cassian se levantou novamente e olhou para todos.

Rhysand, Feyre, Azriel, Morrigan, Amren, Elain e até mesmo... Nestha estava aqui.

— Como sabem que ela me trouxe? — Perguntou apertando os olhos na direção deles.

Amren estalou a língua no céu da boca e disse:

— Essa mulher é corajosa devo dizer... Invadiu a cidade e depois invadiu a casa, sem se importar se estávamos aqui ou não.

— Pensei que tivessem ido embora quando cheguei, não vi vocês...

— Claro que não viu. — Rhysand disse.— Estava quase caindo em cima dela.

— Ela simplesmente chegou, te jogou no sofá e fez isso na mesinha. — Morrigan resmungou. — Nem mesmo olhou para nós.

Cassian riu baixo, e chiou quando sentiu uma pontada de dor na cabeça.

— Ela invadiu nossa casa e ignorou todos e ainda queimou uma mesa. — Sorriu bobo. — Enya é simplesmente... Maravilhosa.