As Luvas Perdidas de Lady Westwood

𝑪𝒉𝒂𝒑𝒕𝒆𝒓 13

𝑯𝒐𝒋𝒆 à tarde era o dia que a família Bettany iria até o rio próximo ao palácio para uma competição de barcos, e claro Lady Westwood e senhora Fischer os acompanhariam, algumas famílias de Londres também participariam.

    — Prontas senhoritas? — diz o lorde Kaio na sala de casa acompanhado de seu irmão mais novo e seu pai, observando Lady Westwood descendo as escadas com a senhora Fischer, mas então Senhora Fischer tropeça na escada e Lady Westwood ajuda a segura-lá.
    —    Senhora Fischer? — dizem os cavalheiros em uníssono se aproximando da senhora.
    —    Senhora Fischer, tudo bem? — diz Lady Caroline preocupada.
    —    Eu acho que não, Mein Schatz — diz a Senhora com uma feição de dor que é ajudada pelo lorde e o Marques a descer o último degrau e se sentar no sofá próximo.
    —    A senhora quer um copo de água, Thomás por favor, busque um copo de água para Senhora Fischer — diz o Marques e logo o criado sai.
    —    Eu acho que torci meu tornozelo —diz Senhora Fischer tentando mexer seu tornozelo e gemendo de dor.
    —    Cuidado, vai acabar piorando — diz Lady Westwood.
    —    Eu vou chamar um médico, não podes ficar assim — diz o Marques já se aprontando.
    —    NÃO!, eu não quero estragar à tarde de vocês vão — diz a senhora Fischer.
    —    Sim, não se preocupe eu ficarei com ela — diz Lady Westwood para o Marques e o Milorde.
    —    Não!, você vai, vá se divertir, não vou deixar você ficar aqui cuidando dessa velha, vá se divertir...Mein Schatz — diz a Senhora Fischer acalmando Lady Westwood.
    —    Tem certeza, a senhora não está com dor — diz Lady Westwood.
    —    Não se preocupe minha querida, tenho certeza que se ficar aqui relaxando logo me sentirei melhor — diz Senhora Fischer.
    —    Está bem, então eu vou, mas se precisar de mim, não hesite em pedir para alguém me chamar, o rio não fica muito longe daqui não é Marques — diz Lady Westwood.
    —    Claro, com certeza — diz o Marques então Lady Caroline se junta à eles, e logo eles seguem de carruagem até o rio.

No caminho Lady Caroline pode apreciar a beleza do campo de Londres, do qual sempre foi a sua parte favorita, mesmo gostando muito da cidade grande o interior sempre seria sua verdadeira paixão.

    —    Lindas as Daffodils no caminho, não Lady Marie? — diz o Marques ao observar Lady Caroline deslumbrada com as flores no caminho.
    —    Belíssimas, a beleza de Londres me deixa abismada todas às vezes — diz Lady Westwood.
    —    Eu amo o interior, não gosto muito da capital, me traz muitas lembranças — diz o Marques.
    —    Boas? — diz Lady Marie.
    —    Não, ruins na verdade — diz o Marques.
    —    Sinto muito, não devia ter perguntado.
    —  Não, sem problemas, é até bom falar disso com alguém — diz o Marques.
    —    Posso perguntar o porquê? — diz Lady Westwood.
    —    Claro, eu cresci em Londres, minha mãe era uma mulher muito doce, uma ótima mãe, amava muito meu pai, mas ele a deixou ainda quando éramos muito jovens por uma paixão — diz o Marques com um semblante de dor.
    —  Eu sinto muito, não sabia disso, nunca falastes muito de seu pai — diz Caroline lembrando que ele nunca havia falado muito de seu pai na época da faculdade.
    —    Não entendi, nunca falei muito.. —diz o Marques confuso.
    —    Não, quis dizer que nunca havia tocado nesse assunto — diz Lady Westwood se corrigindo afinal ele não lembrava que os dois se conheciam.
    —    Eu nunca falei muito dele, porque nunca consegui perdoa-ló por ter deixado a mim, meus irmãos e minha mãe, mas na época da faculdade eu passei por uma situação difícil e acabei conseguindo entendê-lo — diz o Marques.
    —    Então conseguiu perdoa-ló — diz Lady Marie.
    —    Sim, no final sim, é difícil escolher entre o dever e o coração, é muito difícil — diz o Marques então logo os dois percebem que a carruagem havia parado.