Forever Winter | Percabeth Fanfic

Capítulo VI

Ele falava muito pouco sobre Catarina, mas todas as vezes que ele falava... Ela suspirou, todas as vezes era como se estivesse se perdendo por um momento dentro da própria cabeça, revivendo lembranças que ela tinha um pouco de receio de descobrir quais eram e perceber que ele continuava na mesma página com a mulher. Na maioria do tempo ela fingia que não se importava com aquela situação, mas todas as vezes que aquilo acontecia, ela desejava que ele encontrasse a página que ela estava. Que pensamento tolo o dela, como se um dia ele pudesse escolhê-la, deveria se preocupar mais com os pretendentes que realmente tem ao invés de fantasiar um futuro com alguém que já se declarou apenas um amigo.

— Pode deixar que entre — disse ao mordomo e lorde Lacerda se levantou, segurando a mão de Annabeth e a beijando no momento que o príncipe cruzou a porta de entrada.

— Na próxima trarei mais flores brancas, pela sua reação de hoje, posso considerá-las suas favoritas. — Ela deu risada, assentindo. Ela realmente adorava flores brancas, de todo tipo. — E está me devendo uma música no piano — avisou.

— Estou, mas me cobre isso outro dia — disse e ele assentiu, andando em direção a saída. Cumprimentou o príncipe com educação mas de uma maneira muito mais fria do havia sido dias atrás.

Poderia ser um comportamento repentino e estranho, mas não era. Todos viam a forma que o príncipe se portava perto de Annabeth, era muito difícil acreditar que ele não estava cortejando a ela quando ele negava dar atenção a outras moças se isso significava que ele teria mais tempo disponível com ela.

Mesmo que ele não atrapalhasse quando ela ia dançar com outros, o ciúmes era algo palpável para todos. Exceto ele, é claro.

E para Annabeth.

Para uma dama, ser cortejada por um príncipe lhe dá uma popularidade excelente, assim como a torna um alvo fácil de inveja e, algumas outras vezes, uma ameaça para aqueles que não acreditam que ela seja alguém digna de ter o herdeiro do país ao seu lado.

— Bem — Percy começou, mas a atenção de Annabeth foi direto nas flores que ele estava carregando nas mãos. Rosas brancas. — Eu não podia vir de mãos vazias, podia?

— Na verdade, podia — ela disse, mas mordendo o lábio para não sorrir imediatamente para o gesto. — Mas fico feliz que tirou um tempo para me agradar hoje.

Ele sorriu, entregando as flores para ela e se sentando ao seu lado enquanto uma das camareiras dela se afastava mas não muito, eles ainda estavam no campo de visão dela. Annabeth notou Percy olhando rapidamente em direção a porta por onde o lorde havia acabado de sair e franziu o cenho.

— O que foi? — Questionou, chamando a atenção do príncipe de volta para si e ele negou com a cabeça, suspirando. — Por que age de forma tão estranha com ele?

— Não acha que ele é muito... — Fez uma pausa, buscando a palavra certa para aquele momento. — Atirado?

— Não — respondeu quase que imediatamente. — Não acho, ele é bem educado e comportado. Até um pouco mais que a maioria dos ombros, gosto dele porque...

— Gosta dele? — Percy a interrompeu, se sentindo verdadeiramente enciumado agora, o sentimento se espalhando feito veneno em seu peito. — Não achei que estivesse interessada nesse ponto.

— Eu preciso me interessar nesse ponto, achei que já havíamos tido essa conversa antes. P... — Se interrompeu, mordendo o próprio lábio. Aquele era um limite que não ousava cruzar com ele, pelo menos não tão cedo, se pudesse se manter evitando parecer íntima demais, poderia ignorar a euforia em seu coração em resposta ao seu nome. Ele amava outra, ela não deveria se submeter a uma paixão que não era dela para ser vivida. Já ele, teve um fiado de esperanças que ela finalmente o chamaria pelo primeiro nome, mas o fio estourou no momento que ela continuou a falar. — Seria confortável para mim a vida que ele poderia me proporcionar também.