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*voltamos aos 18

-Taste like lemonade... - Yuta cantarolando coisas estranhas de novo.

-Qual é a da vez?

-Essa foi inspirada no seu relacionamento com Jung Gostoso Yoonoh.

-Fala de quê?

-Limonada com uma pitada de conteúdo basicamente explícito.

-Explícito?

-Sim?

-Não.

-Você é virgem ainda? Nossa, que ultrapassado.

-Pois é.

-Espera, sério?

-Você é o único safado da relação.

-Chato. Só porque eu sou o Steve, não precisa me tratar desse jeito.

-Não, Yuta. O Johnny é o Steve, você é no máximo o Jorge.

-Olha, só não vou reclamar porque é muito fofo da sua parte lembrar da minha musiquinha.

-Com o ódio que você fez e canta ela, eu chamaria de grito de guerra.

-Calado, mortal.

-Como ousas me chamar dessa forma, filho de Hades?

-Não acredito que estão brigando de novo. - Jaehyun suspirou se jogando na carteira da frente.

-Não é briga, chama-se discussão saudável de amigos. - Yuta respondeu.

-Claro, semideus. - Respondeu fechando os olhos depois que peguei uma de suas mãos e comecei a brincar com seus dedos.

-Tae, você realmente acha que eu não sou o Steve? - Yuta, de novo.

-Não.

-Que bom.

-Tenho certeza.

-Filho da mãe.

De tarde, não tinha nada para fazer, literalmente. Meus limões acabaram. Limões, palavra feia. Enfim, eu não tinha nada para fazer e Jaehyun muito menos. Tanto que ele apareceu na minha casa no meio da tarde, me chamando para tomar sorvete.

Pois é, sorvete em Quebec nessa época do ano... Acho que o Jung está começando a ir pelo meu lado da vida. Sem contar a sorveteria que ele me levou, muito fofinha, nunca fui.

Duh! É Quebec, não deve ter nem três sorveterias nessa cidade.

Compramos os sorvetes e saímos por aí andando de mãos dadas e conversando sobre borboletas.

-As minhas morreram.

-Como assim, Lee Taeyong?

-Morreram de amor por você. - Sou cara de pau, não me junguem.

-É, né. Vou acreditar. Qual a sua cor de borboleta favorita?

-Roxa e preta. Mariposa, no caso.

-Você já viu uma dessas?

-Claro. E a sua?

-Aquelas amarelas, laranjas e pretas.

-As monarcas?

-Você sabe até os nomes, por quê?

-Não foi proposital, apenas li muito e acabei aprendendo.

-Acredita naquelas superstições?

-Não, acho idiotice.

-Se fosse minha tia no meu lugar, você apanharia na mesma hora. - Rimos e ficamos calados por um tempo, até ele apontar para uma pracinha, dizendo para irmos até lá.

Os sorvetes haviam acabado, aliás. Tinha um playground na praça, algumas crianças brincavam lá. Yoonoh simplesmente soltou minha mão e saiu correndo até o balanço, que estava vazio. É o melhor brinquedo, não entendo o motivo de não gostarem dele.

Não deu um minuto e ele estava sendo empurrado por mim, que usava todas as forças que tinha. Sou fraco, uma formiga me derruba. O que não é difícil.

Começamos a rir do nada e, particularmente, de nada mesmo. Não sei se somos doidos ou felizes. Bom, Jaehyun é doido por mim, e eu sou feliz por tê-lo. Saímos dali bem tarde, minha avó me deu uma bronca e ele ficou rindo de mim. Estou doando, alguém quer?

E lá estava eu indo dormir sorrindo de novo, pela 68° vez desde que começamos a namorar. Acho que sou muito gay.

lemonade · jaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora