𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎┊𝟎𝟐𝟒

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Através de uma pequena e vazada janela de grades enferrujadas, Polly Gray sabia que já era noite. Tentou deduzir as horas apenas olhando para a luz da lua, porém, não obteve tanto sucesso, mas sabia que era tarde. Muito tarde. Arrastando seu corpo dolorido das agressões sofridas mais cedo, ela sentou-se sobre um banco de concreto, um dos poucos luxos que tinha dentro daquele fedido cubículo. Conferiu o interior da boca com a língua, percebendo que um dente faltava em uma das fileiras. Ouviu passos e vozes serem dadas em direção a cela e se preparou fisicamente para a próxima sessão de tortura. Contudo, ao invés de ser puxada pelos cabelos ou violentada por algum guarda, ela foi guiada até uma sala, onde seus pertences estavam sobre uma mesa, assim como o documento da sua soltura, assinado pela inspetora: Grace Burgess.

Não tinha ânimo para comemorar, embora devesse e tivesse motivos para isso. Naquele momento, tudo que a Gray queria era o conforto do seu lar, longe de todos os infernos que visitou desde que colocou os pés naquela prisão. Em silêncio, saiu pela porta da frente usando as mesmas roupas que havia sido presa, agora, se encontrando um pouco mais amarrotadas e sujas. Polly se deparou com o doce sorriso de Michael, trazendo novamente uma chama aquecida para seu coração esfriado pela cela úmida. Mesmo se sentindo frágil, Polly ergueu o queixo e deu passos para dentro do veículo, levada para casa momentos depois. De todas as regalias que poderia pedir, Polly só solicitou um banho longo de essências terapêuticas. Ela queria limpar de vez todas as impurezas que aquele lugar deixara em sua pele e no seu interior. Em casa, fez o pedido que tanto desejava durante a viagem. Com cautela, Polly tirou o vestido, entrando em uma banheira com água preparada por uma das suas criadas em seu próprio quarto. Ela se esfregou com força, enquanto os pensamentos se distanciavam à medida que sua visão ardia ao olhar para a lareira acesa ao seu lado.

— Você precisa de ajuda? — Ouviu uma voz serena e embargada de preocupação perguntar do lado de fora do quarto. Amara. Polly reconheceu.

Levou alguns segundos para que Polly abrisse os lábios e proferisse as seguintes duas palavras.

— Sim, preciso.

Amara primeiro colocou o rosto, seguido do corpo, atravessando a porta por completo. Se aproximou de Polly nua na banheira, não se intimidando em vê-la em um momento tão íntimo. Uma almofada foi jogada ao chão para que Amara se ajoelhasse à altura da mais velha e ficasse mais confortável para ajudá-la.

— Ada está chegando para ficar com você, mandei que o motorista a buscasse. — Amara disse, enquanto suas mãos limpavam o couro cabeludo de Polly de forma tão delicada, que a Gray pôde se sentir um recém-nascido na banheira.

— Foi você? — Perguntou. Amara piscou algumas vezes, sabendo o motivo da pergunta de Polly.

— Sim. — Respondeu. — O Michael estava apavorado, e eu sei que não fez nada para ser presa.

𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 ━━ Thomas Shelby [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora