Vizinhos?

O gostoso sem camisa

-Você já jantou?

-Ainda não.

-Tem macarrão com queijo, eu vou esquentar pode deixar as suas coisas no meu quarto.

-No seu quarto? Ele pergunta desconfiado.

-Eu sei que de madrugada você vai vim dormir comigo mesmo.

Jungkook dá de ombros e vai levar a sua bolsa no meu quarto. Eu pego o macarrão do almoço e coloco para esquentar, enquanto está esquentando eu arrumo a mesa para comermos.

-Você sempre cuida bem de mim, por isso gosto de vim aqui.

O cantor veio da sala até a cozinha, usando um moletom cinza e uma camiseta branca por mais simples que ele esteja é incrivelmente lindo.

-Acho que estou deixando você mal acostumado.

Retiro a travessa com o macarrão já quente e coloco sobre a mesa, pego um suco para tomarmos.

-Realmente. Nossa essa comida parece estar muito boa.

-Pode se servir.

Começamos a comer, o lugar estava silencioso, escutando os talheres batendo no prato e olhamos pela janela pois a vista da cidade está linda á noite. Aproveitando calmamente a presença um do outro.

Escutamos vozes vindo do outro cômodo, deve ser Flora e Rafael.

-Oi gente, vocês estão aí.

-Oi, querem jantar com a gente?

-Amor melhor não. Rafa diz para Flora.

-Porque não?

-Eles claramente estão num jantar de casal, não vamos atrapalhar. Ele diz baixinho e em português apenas ouvi por ter uma audição boa. Dou umas tossidas forçadas, olho para Jungkook com uma cara de idiota e ele me olha perdido, como se perguntasse "Qual foi?", nem passou pela minha cabeça que parecíamos um casal jantando.

-Não é nada disso, podem comer com a gente.

-Amiga não, aproveita um dos seus sete boys. Vamos indo nessa, aproveita. Ela sai pela sala e Jungkook está de costas para a saída, ainda bem porque ele não vê o gesto obsceno que Flora faz indicando pra gente molhar o biscoito.

-Ai meu Deus, Flora. Cubro meu rosto com as mãos, pela vergonha.

-O que houve? A expressão de perdido dele é adorável.

-Nada não, só a minha amiga que é muito doida.

-Porque eles não jantaram com a gente?

-Estão ocupados, só isso.

-Entendi, então quando você disse que iria pro motel comigo, aquilo era verdade?

Me engasgo com a comida não tenho um segundo de paz pra comer.

-É... é verdade.

Ele pega na minha mão sobre a mesa.

-Rebeca, você não pode dizer uma coisa dessas.

-Porque não?

-Me faz sentir coisinhas e imaginar coisinhas. Não sei se acho fofo ou um tremendo de um safado.

-E isso é ruim? Pergunto com uma das sobrancelhas arqueadas e entrelaço nossas mãos.

-Depende do ponto de vista. O mais novo faz carinhos na minha mão com o polegar.