Rua de tempos difíceis. - Capítulo 22.

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A vida era uma melodia, porém algumas eram mais tristes que as outras, algumas mais felizes e tinham aquelas que eram  cruéis.

Para SeungWoo estavam todas juntas, estava diante de um ômega belíssimo, talvez mais bonito até que o garoto de cabelos azuis que invadia seus pensamentos, os olhos eram claros assim como os fios, parecia um anjo, imaculado.

— Eu os declaro rei e rainha. — A voz potente de Young-chul quase fez o atual rei rosnar, apesar de achar uma beleza o ômega que lhe foi dado, não sentia calor por ele.

O que invadia seus mais sórdidos pensamentos tinha olhos escuros, decotes e parecia vir do próprio inferno para incendiarte, gostava do quão espurco poderiam ser, mas agora estava casado e governando um reino ao lado de um ômega que parecia uma criança, não estava sendo agradável. 

— Podem consumar o casamento, três juízes estarão para confirmar a pureza do ômega. — Todos ali eram hipócritas, vermes doentes com a parte mais sombria do inferno preparado para eles.

Ômegas temiam aquela parte do casamento, pois mesmo sendo virgens, se o sangue não escorresse pelo lençol o casamento seria anulado e poderia ser humilhado em público pelo marido, condenado a vida de miséria e nem mesmo as famílias o queriam também. E sendo a futura rainha, poderia ser condenada à morte pelo rei.

Nascer ômega era uma maldição. 

— Vamos. — Sem expressar nada, o rei falou com o ômega de apenas quinze anos, considerado um pouco velho para começar a gerar herdeiros.

Jung Subin estava com medo, no dia antecessor do casamento tinha conversado com a dama real, aquela que deram a Sejun, o novo comandante indicado por Chul, dois alfas cúmplices que estavam fazendo a mente fraca e suja do rei. 

Byungchan também era triste, como Subin ficaria, ambos amigos de infância e agora compartilhavam da mesma dor de casar com alfas ruins, o que aconteceria nas núpcias assustou a rainha quando Byung disse que teria de ficar nu diante do rei e deixar que usasse de seu corpo para gerar filhotes. 

— Entre logo. — As lágrimas já estavam escorrendo, junto com um soluço. — Tire as vestes. 

SeungWoo odiava bebês chorões, e não estava com paciência para aquela rainha, tirou também sua capa e a coroa, estava tirando suas vestes observando o ômega puxando os laços do vestido todo coberto, o rei não se sentia interessado naquele ômega, imaginava como a sua futura segunda esposa seria, conhecia a forma que ela gostava, principalmente quando ficava coberta de jóias, acreditava que as vezes ela escolhesse mais os materiais do que si, e o rei não estava errado, porém era estúpido demais para ver. 

Já para Subin, pelo Deus que olhava os ômegas, foi o pior dia de sua vida. 

Dor, sujeira e ódio, se sentiu a pior pessoa na face da terra, chorou até os pulmões arderem, e após aquela violação foi deixado ali sujo e sem dignidade. 

Quando levantou-se, apertou os lençóis sujos gritando com ódio, berrou para o mundo ouvir o quão sujo estava se sentindo, queria se debater e socou a cama até rasgar, assim como seu coração puro, estava manchado e o ódio lhe cegava, apenas parou quando tremeu de exaustão e seu corpo sucumbiu ao cansaço. 

Já o rei, estava sorrindo, mediocremente estava satisfeito, não tanto quanto esperava, mas achou que o ômega servia para algo. Não ficou a sua lua de mel com o ômega, muito menos viajaram, queria tudo pronto para trazer o mais rápido ela, a sua futura rainha.

— Vossa Majestade, não deveria estar aproveitando sua lua de mel? — Dissimulado, o Juíz que o casou perguntou curioso, o rei deveria estar colocando todas as sementes naquele ômega para garantir que tivessem herdeiros, assim ele não teria uma segunda esposa. 

Rua das flores - HYUNSUNGTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang