Famílias são constituídas por pessoas. E pessoas são imperfeitas.
Sujeitos a erros e acertos, porém obviamente o erro é o mais comum entre eles, pois em meio a tantas circunstâncias, apenas com o tempo vem a maturidade, que com ela, temos menos chances de errar por algo pequeno, porém quem garante isso?
— Está tudo pronto. — A voz da duquesa saiu arrogante, realmente não durou muito tempo a comoção vinda dela.
— Aqui, também, mas eu quero levar sozinho minhas páginas. — Falou baixo quase mudo, Park mordeu o lábio encarando os dedos emaranhados no tecido que levava todas as páginas novas que tinha.
— Claro. — Jay estava obedecendo as ordens do capitão de levar os pertences dos ômegas, o alfa deixou Jade com a duquesa, que logo levava no colo a cabra dorminhoca.
O garoto então pegou as bolsas do ômega, não eram pesadas e deixaria apenas na despensa em que ambos dormiam, saiu na frente para terminar logo o serviço, pois ainda teria de analisar novamente os barris com os mantimentos para todos.
Jisung saiu da pousada com seu irmão e suspirou cansado daquela viagem, que estava durando muito, mas infelizmente, cada segundo era melhor do que sua vida inteira e se sentia realmente em casa, estava satisfeito vivendo assim, era uma nova etapa que gostaria de viver todos os dias. Sentia-se viva, livre e feliz.
— Já se sentiu feliz que poderia explodir? — Dirigiu ao ômega mais alto, estavam andando pelas ruas movimentadas, muitas mulheres e todas se despedindo dos piratas.
— Quando mamãe nos deu aquela boneca, foi o primeiro presente que eu recebi. — O sorriso rasgava a boca minúscula, Han franziu as sobrancelhas relembrando aquilo. Ele não tinha ganhado.
— Que boneca? Eu não recebi nenhuma, na verdade eu fiquei irritado quando só você ganhou. — Com uma sinceridade desoladora, desferiu aquela fala para seu irmão.
— Mas a mamãe disse que comprou para nós dois, eu vi as duas bonecas. — Park falou sério, tinha visto duas bonecas lindas, cheias de tecidos e Han estava sorrindo naquele dia.
— Não, ela era sua mãe, para mim jamais foi, aquela nunca foi minha casa. — Quase rugiu, subindo no Esmeralda, aquele pequeno confronto parecia que tinha isolado o navio e só tinha os dois ali.
— Nunca foi sua casa? Por que trata nossa família assim? — Sendo mais alto, Park teve que segurar os ombros da duquesa a virando para si, inclinou a cabeça para ver claramente os olhos castanhos.
— Família, Park, é quem ama e cuida, eu não fui cuidado, — parou respirando fundo, os olhos ardiam lembrando de cada coisa. — e amado? Céus.
— Claro que foi! As mamães sempre cuidaram de você, tinha as melhores roupas, na sua primeira temporada todos os alfas lhe cortejaram. — Relembrou das festas enormes, estava deslumbrante e era jovem, alfas com o dobro de sua idade o queriam, lembrava perfeitamente da mãe alfa – a baronesa – lhe dando como uma moeda.
— Lembro perfeitamente disso, você jamais foi em um desses eventos, nunca soube o quão sujo alguém se sente quando sua maravilhosa família, — ironizou com os lábios tremendo. — te vende por relações políticas.
— Eu entenderia, se eu não fosse o bastardo. — Han arregalou os olhos em ira ouvindo aquilo, espumou de raiva se aproximando.
— Está reclamando de ser protegido? Jamais foi forçado a se casar jovem, podia ir e vir, eu o protegi! — Exclamou vermelho, Park também estava da mesma forma, mas por não controlar as emoções já estava com lágrimas escorrendo pelas bochechas.
ΔΙΑΒΑΖΕΙΣ
Rua das flores - HYUNSUNG
FanfictionEmbora ser esposo do duque lhe rendesse as maiores regalias da Europa Asiática, Han Jisung não poderia se contentar ao fazer de tudo que estava ao seu alcance para se apossar de todas as riquezas deixadas para si, mesmo que lhe restasse apenas uma a...