Rua das flores - HYUNSUNG

Rua de sangue - Capítulo 12.

Olá, gente! Tudo bem?
Só queria avisar que não vou conseguir fazer mais memes da história, desculpem, mas se quiserem me marcar a hashtag é AvenidaDosPeruca.

Boa leitura ♡

O navio estava um inferno. 

— Capitão, o navio está abaixo do nível permitido! — Minie gritou com todas as forças em seus pulmões, o vento estava forte fazendo os fios escuros cobrirem a visão da beta.

— Ele está virando! — Christopher falou exaltado, todos sentiram aquilo e tiveram que se segurarem no que estivesse mais próximo, a entrada para a parte das bruxas sempre era difícil. 

— Eu vou virar as caravelas, Changbin, quando eu fizer isso quero que vire o leme para sua esquerda. — Aquela manobra era arriscada, mas o que perderiam? Suas vidas valiam menos do que o navio. — Chan, ajude ele a virar, precisa ser rápido para equilibrar. 

O alfa contramestre balançou a cabeça seguindo as ordens de seu capitão, segurou as madeiras indo até o leme,  firmando-as, quase sendo jogado, a parte lateral direita estava afundando e a esquerda se erguendo fazendo todos terem de se segurar com rigidez para que não caiam no mar cheio de seres famintos. Christopher segurou com força o leme, assim como Changbin que prestava atenção no capitão usando toda a sua força para subir em um dos mastros, no maior deles para puxar o tecido.

Hwang estava usando toda sua força, o machucado que tinha feito estava melhor e agradecia ao ômega por aquilo, pois com certeza teria morrido pelo esforço de subir em um pedaço de madeira que poderia partir, soltou a mão direita e puxou de uma vez a grande vela, as veias no pescoço e braços ficaram aparentes com tamanho esforço, porém mesmo com aquilo a vela não se movia, continuava inerte aos impulsos do capitão, respondiam apenas ao vento destruidor que as moviam para o precipício do mar, a cada segundo o navio se afundava mais, mais da metade estava afundando e caso ele virasse, seria o fim e talvez os botes não fossem suficientes e nem todos cheguem a tempo do navio afundar de fato.

Todos dependiam do capitão. E o deus vento não queria ajudá-lo. 

— Inferno! — Grunhiu puxando com mais força a parte de madeira que sustentava a vela, nada.

E mais água invadia o convés, os poucos marujos que estavam na parte superior estavam quase perdendo as forças pela brusquidão do navio ao virar, Christopher tinha que segurar tanto o leme quanto Changbin que tinha escorregado, estavam quase afundando e temiam, pois o Esmeralda era o capitão e mesmo que todos se salvassem e tivesse espaço em um bote, um capitão jamais abandona seu navio. 

Como se nada pudesse piorar, um raio enorme lançou contra a cobertura da cozinha, parte do teto rachou caindo, o capitão sentiu seu lobo uivar em agonia, ignorou mantendo-se focado, precisava pensar rápido, pois parte do mastro, que estava segurando para puxar a vela, tremeu. Estava prestes a quebrar e se aquilo acontecesse, até chegar em outro mastro seria o fim do Vale da Esmeralda Sombrio e do capitão Punho Negro.

Rosnou como um lúpus, o mar o ouviu e respondeu erguendo o navio o balançando com raiva, mas o destino se compadeceu de si ao fazer uma corda bater contra seu rosto, aquilo o deixou irado, mas quando notou, agradeceu. Segurou a corda passando pela ponta da madeira,  os braços envoltos pelo material grosso maltrataram a pele jogando o corpo para trás trazendo junto a vela conseguindo virar através da atração, a vela moveu-se e o vento atingiu com brutalidade, agora dependia de Chan e Changbin. 

— Rodem o leme! — Gritou com parte da visão embaçada pela chuva fina e ondas violentas que insistiam em bater contra Esmeralda.

Porém Chan estava tendo que usar a força toda, girou o leme usando tudo que podia, mas estava sozinho e segurando Changbin, o beta tentou ajudá-lo, mas não conseguia se manter firme com metade do navio virado. Minie estava perto segurando-se para não cair, olhou aquilo e temendo pela vida da alfa que gostava decidiu se arriscar, pegou impulso ainda se segurando e pulou, se a sua mão errasse seria sua vida jogada fora. O corpo da beta voou, mesmo sem enxergar bem, o capitão viu alguém se jogando em direção ao leme, arregalou os olhos e se sentiu fraco, não poderia ir, pois se soltasse aquela corda a vela iria girar e todo esforço seria em vão.