Casamento Político? O Belíssimo Rei Crepúsculo

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(Deixando uma musiquinha que me ajuda a escrever, vai que vocês curtem ♥️
A propósito finjam que não deu meia noite e ainda é sábado kkk)

A princesa Yun-Hee 🌸

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— Trouxe óleo de pêssego do reino do Crepúsculo — Minha velha avó, Lídia, entrou radiante em meu quarto — DIzem que ele deixa a pele mais vistosa desde o primeiro uso.

— Tudo isso para eu visitar o povo da camada mortal?

Eu estranhei aquela mudança de atitude tão repentina, visto que Lídia não cultivava nenhum bom sentimento pelo mundo dos mortais.

— Não seja tola! Aquele povo nem sequer merece a sua misericórdia! — O tom dela mudou totalmente.

— Vó, não seja assim. Lembre-se que foi de lá que nós viemos.

— E é exatamente por isso que eu os abomino! — Ela suspirou — A maldade terrana não tem limites.

— Não haja como se cultivadores fossem o melhor tipo de gente — Disse enquanto usava o tal óleo de pêssego no rosto.

— Aqui não tenho tratamento de nobreza, mas pelo menos tenho comida, teto, boas roupas e vi você crescer como uma princesa. Lá embaixo nós éramos lixo.

É... De fato a vida não era fácil nos nossos dias como terranos. Quando eu ainda era criança, minha mãe, meu pai e meus dois irmãos morreram em uma epidemia. Lembro-me de estar sozinha em minha casa, sentindo o cheiro pútrido do corpo do meu pai que não fui capaz de enterrar, como ele havia feito com os outros. Eu tinha apenas 6 anos e eram dolorosas primeiras memórias. Com fome, frio e medo, ouvi o barulho de alguns homens da aldeia vizinha se juntando para queimar nossas casas. Ouvi os gritos dos ainda sobreviventes implorando pela vida, mas eles queriam conter a proliferação da doença.

Enquanto o fogo consumia a madeira velha da minha pequena casa e a fumaça escura ardia meus olhos, eu estava de joelhos diante da imagem antiga da deusa Azumi. Pedi a ela que meus familiares tivessem uma boa passagem, pedi para que eu não sentisse mais dor e pedi para que a epidemia acabasse. Eu não queria que ninguém mais sofresse como a minha família sofreu, como eu sofri.

— Quanta maturidade para uma alma tão jovem.

Uma mulher surgiu de entre as chamas e se agachou até mim.

— Quanta misericórdia para um coração tão pequeno — Ela acariciou meus cabelos.

— Criança, eu vim aqui atender o seu pedido sincero.

Depois daquele dia eu deixei de ser uma terrana comum e me tornei um aspecto. O primeiro em centenas de anos vindo do mundo mortal. Lídia era uma amiga da minha mãe, quando ela soube de tudo o que aconteceu, escondeu minhas origens por medo de que a histeria da peste me fizesse um alvo novamente. A partir daí vivi com ela por dois anos como sua neta, filha de um de seus filhos que havia morrido na guerra. Passamos dias difíceis, a mentira não se sustentou e fugimos por meses. Passamos fome, frio... Até que um dia fomos encontradas pela realeza do reino ascendente.

Um Amor Que Não Foi Feito Para Essa VidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora