Magia

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O casal e Renata seguiram para o aeroporto de Santa Monica, no Land Rover de Juliana, que era o carro que mais usavam.

—É uma pena que vocês não possam viajar por mais dias.

—Não me sinto segura estando longe dos meus médicos. _disse a morena tocando sua barriga.
—É mais seguro para ela, que a mamãe esteja sendo supervisionada.

Valentina afastou a cabeça do banco do passageiro e sorriu para ela.

—É por isso que só vamos ficar o fim de semana.

Elas continuaram conversando o resto do caminho e prontamente chegaram, entregando seus papéis ao oficial do aeroporto, enquanto a equipe se encarregava de carregar e descarregar suas bagagens.

Elas se despediram de Renata, cumprimentaram a tripulação, se sentaram e em poucos minutos estavam decolando. Juliana adormeceu quando já haviam voado por cerca de vinte minutos. Valentina se levantou e colocou um cobertor que a comissária havia deixado em uma das poltronas para o caso de precisarem. Era bom ela ter dormido para recuperar a energia de que precisava.

Enquanto isso, ela pegou seu laptop e usou seu tempo para escrever um pouco e responder e-mails. A preparação do spin-off mais seu novo papel como produtora a animava muito. Seu roteiro foi bem aceito, então ela estaria muito ocupada, mas ela gostava disso.

Demoraria um pouco para vê-lo na tela, mas com tanta dedicação dela e do restante da equipe de criação, que mais tarde seria complementada por um elenco criteriosamente escolhido, ela tinha certeza de que seria um sucesso.

Se Valentina quisesse, ela não teria que trabalhar ou se preocupar em ganhar mais dinheiro, pois sua carreira havia permitido que ela tivesse mais do que o suficiente para ela e sua família e ainda mais. Mas esse não era o seu caso, ela queria continuar.

O que ela mais apreciava era a flexibilidade do que estava fazendo agora, enquanto sua esposa estivesse trabalhando e brilhando na tela, ela poderia ajuda-la com o bebê, ela poderia viajar com ela se ela precisasse. Obviamente ela teria que fazer suas aparições como Macarena na nova série e nas diretorias de produção, mas não seria uma agenda tão difícil para ela em tempos de gravação como seria para sua esposa.

Valentina se divertia enquanto alternava entre a postagem e a escrita. Em algum momento, a comissária ofereceu-lhe um lanche e algo para beber, que ela aceitou. Ela olhou para cima e sua esposa ainda dormia pacificamente sem sinais de aborrecimento no rosto, então ela decidiu não acordá-la. Quando aterrissassem, ela a alimentaria com as frutas e os biscoitos que embalou.

O tempo passou tão rápido que no momento em que ia abrir o mais novo e-mail de Sergio, o piloto avisou que começariam a descida, então ela fechou o computador e chamou Juliana.

—Juls... Juls.

—Não.

—Juls, nós vamos chegar, você não quer olhar pela janela?

—Nossa, eu dormi tanto tempo assim? _disse enquanto bocejava.

—Sim, praticamente o voo todo. _ela disse sorrindo enquanto tocava sua barriga.

—Eu acho uma boa tática dormir sentada.

—Aparentemente sim amor, eu observei você várias vezes e você não fez caretas.

—Isso ou esse bebê vai nos custar caro porque ela gosta de voar.

Ambas riram e focaram seu olhar para fora da janela.

***

Elas estavam esperando para serem levadas para o hotel em uma van. O motorista, um homem muito simpático, perguntou-lhes se queriam tocar sua própria música e ajustou o ar condicionado até que estivessem confortáveis. Teriam quase uma hora até o hotel.

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