–Mãe?
—Mamããããããããããe?
—Shhh. _Lúcia disse à filha.
—Acabei de colocá-la para dormir. _completou descendo as escadas.
—Desculpe. _Valentina encolheu os ombros fazendo uma careta.
Lucia acabou de descer as escadas e deu um beijo na bochecha dela.
—Como foi?
—É difícil, mas aqui vamos nós. _Valentina tirou os brincos e os colocou no balcão da cozinha.
—Você não sabe o quanto eu sinto, querida. _Lúcia disse pegando sua mão.
—Quer um café?
—Não, mãe, obrigada. _Valentina apertou a mão dela.
—Como foi hoje?
Lúcia fez uma careta.
—Não muito bem, mal consegui acalmá-la. Como te disse, ela acabou de dormir. _Lúcia serviu-se de um copo de água gelada e sentou-se ao lado da filha na mesa da cozinha.
—Seu irmão ligou, disse que está vindo no fim de semana.
—É, eu vi as chamadas perdidas. _elas ficaram em silêncio até que Valentina falou.
—Mãe, se você quiser, pode ir agora... Já é tarde, nós ficaremos bem.
Lúcia viu sua filha hesitar.
—Hmm, tudo bem. Mas me avise se precisar de mim. _ela beijou sua testa e entregou algo para ela.
—Obrigada, mãe.
Valentina tomou um copo de água antes de subir, evitando fazer barulho.
Ela decidiu ir para a banheira e tomar um banho com suas essências, deixando seu celular e o que sua mãe lhe dera em um banco perto da borda da banheira.
Ela estava relaxando por meia hora quando ouviu um barulho, rapidamente ela se levantou, se secou e vestiu um robe para sair do banheiro.
—Shhh princesinha. _disse Valentina entrando no quarto e acendendo a luz.
—A mamãe está aqui.
Valentina pegou seu precioso bebê nas mãos e levantou-o do berço.
—Querida, você não dormiu nada... _disse Valentina pegando-a nos braços e começando a embalar o bebê que chorava.
—Pronto meu coração.
Com apenas um braço, ela preparou uma mamadeira enquanto ainda embalava o bebê com a outra.
—Venha, vamos sentar. _Valentina se sentou na cadeira de balanço no canto do quarto.
—Vamos, querida. _ela falou baixinho enquanto tentava fazer com que ela aceitasse a mamadeira. O bebê procurou um pouco da pele de Valentina e quando sentiu abriu a boca para receber a mamadeira.
—Isso, assim. _Valentina começou a mover a cadeira de balanço suavemente com o pé.
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—Lunita meu amor, porque você não quer dormir? _perguntou Valentina sonolenta entrando no quarto.
O bebê não parou de chorar praticamente a noite toda, eram quatro da manhã e já era a terceira vez que a pequena chorava.
Valentina tentou de tudo, trocar a fralda, dar de comer, tirar a roupa, colocar a roupa, musica de ninar, passear com ela pela casa. Mas não, nada acalmou seu bebê e Valentina estava prestes a ter um colapso.
—Meu amor, por favor, não sei mais o que fazer. _e seus olhos começaram a se encher de lágrimas.
Ela mudou a posição do bebê para que ela ficasse embalada em seus braços enquanto caminhavam pela sala.
Luna olhou para sua mãe com um beicinho nos lábios que tremiam e seus olhos se encheram de lágrimas, como se tenta-se dizer algo. Aquela carinha fez Valentina chorar.
—Sim meu amor, eu também sinto falta dela. Que tal você me acompanhar em seu berço ao lado da minha cama? _sussurrou Valentina se levantando da poltrona relaxante.
Minutos depois finalmente ela a fez dormir. O choro parou depois que as duas choraram mais um pouco. Luna simplesmente não queria fechar os olhos, ela estava muito acordada. Então, depois de trocar a fralda, que a essa altura já estava molhada, ela a colocou na cama e poucos minutos depois ela adormeceu.
Valentina colocou a babá eletrônica na mesinha de cabeceira e a desligou, ela não precisaria mais já que Luna dormiria ao lado dela.
Depois de verificar o seu bebê pela última vez e olhar para o relógio. "Seis da manhã" Ela se deitou e olhou para o lado esquerdo e fechou os olhos, respirando fundo.
Logo depois um som a acordou.
"Espere, eu desliguei a babá eletrônica". Valentina pensou.
Ela se sentou rapidamente na cama e abriu os olhos se deparando com uma bela imagem.
I held you close to me
Eu segurei você perto de mim
Felt your heartbeat and I thought I am free
Senti seu batimento cardíaco e pensei que estava livre
Oh, yes and as one are we
Oh sim e como um somos nós
Sua esposa estava sentada na cadeira de balanço que elas tinham em seu quarto, ela estava cantando baixinho, a música que ambas escolheram como canção de ninar desde que sua filha nasceu.
And I know I'm beyond
E eu sei que estou além
Nothing and no one can break this bond
Nada e ninguém pode quebrar esse vínculo
Com o bebê nos braços e a blusa desabotoada, Juliana dava a Luna acesso para beber seu leite preferido. Ela olhava para o bebê como se não acreditasse que a segurava nos braços, enquanto acariciava sua cabeça e seu rostinho. Aparentemente, a pequena já estava dormindo, apenas mexia a boquinha por reflexo.
Like an image passing by, my love, my life2
Como uma imagem passando, meu amor, minha vida.
In the mirror of your eyes, my love, my life
No espelho de seus olhos, meu amor, minha vida.
Juliana ergueu os olhos para olhar Valentina e sorriu para ela com todo o seu ser.
I can see it all so clearly
Eu posso ver tudo tão claramente.
All our love so dearly2
Todo nosso amor tão ternamente.
Ela parou de cantar e levantou uma pequena Luna a colocando sobre seu ombro, ela deu pequenos tapinhas nas costas da pequena a colocando para arrotar. Valentina decidiu contemplá-las da cama e não interrompeu o momento.
Juliana se levantou da cadeira de balanço e sussurrou para Valentina.
—Já volto.
Valentina encostou-se na cabeceira da cama e fechou os olhos, escutou como a porta se fechou e alguns passos se aproximaram da cama. Ela também ouviu quando sua esposa ligou a babá eletrônica na mesa de cabeceira.
—Bom dia meu amor. _Juliana sussurrou para Valentina enquanto se sentava sobre as pernas estendidas da loira.
—Que bela surpresa. _Valentina deixou escapar um suspiro enquanto Juliana lhe dava beijos por todo o rosto.
—Eu senti muito a sua falta.
—Eu também, meu amor. _Juliana a beijou na boca.
—Terminamos mais cedo e eu quis voltar imediatamente.
—Eu te amo tanto. _Valentina disse a ela.
—Troque de roupas e venha dormir um pouco comigo, sinto falta de ter você em meus braços.
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Continuação de The Scripts...
