Reunião de emergência

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Chego na sala de reuniões e vejo Cardan largado no sofá, despreocupado como sempre.
Estava na Corte das Sombras quando Bomba me chamou dizendo que Cardan estava me procurando para uma reunião de emergência, mas não entendo o porquê se já tivemos uma reunião hoje cedo, será que aconteceu algo enquanto eu estava fora?

Devo ter sido a primeira a chegar porque Cardan está sozinho.

— Majestade — digo me curvando um pouco para ele assim que nota minha presença — Bomba me disse que você convocou uma reunião de emergência.

— Sim, convoquei — ele diz me encarando de um jeito estranho.

— Vejo que os outros ainda não chegaram — digo olhando ao redor e apontando para a sala vazia.

— Na verdade... — diz Cardan se ajeitando para sentar, mas deixando uma das pernas ainda sobre o sofá — a reunião é só com você.

— Só comigo, aconteceu alguma coisa?

— Senta aqui — diz batendo no sofá entre suas pernas.

Lanço-o uma cara desconfiada e caminho lentamente até ele, tentando entender o que ele quer comigo.

Me sento de frente para ele, mas Cardan me pega pelo braço e me gira me deixando de costas para ele e me abraça por trás, minhas costas encostando no peito dele, consigo sentir sua respiração irregular, ele afasta o cabelo de um dos lados da minha orelha e sua boca deixa leves beijos em meu pescoço subindo até a orelha, onde ele para e fala:

— Não aconteceu nada, só estava com saudades da minha rainha — ele diz deixando mais beijos pelo meu pescoço — estamos sempre muito ocupados com os assuntos de Eufhame e sempre que você tem um tempo livre corre para a Corte das Sombras — ele solta um suspiro pesado e sinto sua respiração em meus ombros, onde agora ele abaixa a manga da minha blusa para deixar mais beijos — acho que mereço um tempo com minha esposa de vez enquando, estava pensando em repetir aquele dia na salinha atrás do trono.

— Cardan... — digo ofegante, porque aparentemente Cardan deixando pequenos beijos e mordidas no meu ombro me deixa assim — não sei se seria muito apropriado, somos o rei e a rainha de Eufhame, temos obrigações a serem compridas, não podemos só nos divertir — digo me virando para encarar-lo, embora não esteja tão certa disso, também sinto saudade, mesmo que não vá admitir isso à ele, se Cardan insistir um pouco mais, se me beijar um pouco mais e em outros lugares não sei se vou conseguir me conter.

— Então você admiti que se divertiu aquele dia — ele diz me encarando com aquele sorriso presunçoso aparecendo em seu rosto, Deus, aquele sorriso... — porque não podemos repetir então?

Cardan levanta e passa a mão pelo meu maxilar tirando meu cabelo do rosto, para na minha bochecha enquanto move o polegar para deixar carícias em meu rosto, não vou aguentar.

— Porque... — eu tento, mas gaguejo distraída por sua mão em meu rosto.

É a deixa perfeita para Cardan passar a outra mão em minha cintura me virando completamente para ele e me puxando para um beijo, seus lábios são macios como sempre, por um momento penso ter esquecido da sensação dos seus lábios nos meus, mas bastou alguns segundos para eu me lembrar de como é boa a sensação de te-la colada à minha, relaxo os ombros que estavam tensos tentando controlar o que realmente eu queria, me viro e me encaixo a ele passando as pernas ao redor de sua cintura, não sei como isso aconteceu, mas quando percebo já estou no colo de Cardan enquanto ele passa as mãos pelas minhas pernas, me fazendo estremecer ao seu toque.

— Espero que tenha fechado a porta, porque tem muita coisa que quero fazer com você e não quero interrupções — Cardan diz enquanto vai deixando um caminho de beijos pelo meu pescoço em direção à minha clavícula.

— Sim... fechei — digo com dificuldade.

Cardan me põe de costas para o sofá deixando carícias e beijos por todo meu corpo e me pergunto porque não fizemos isso antes.

Ele está descontrolado, seus olhos e corpo estão transbordando de desejo, quase tanto quanto na noite da nossa primeira vez, ele realmente estava com saudades.

Nós já fizemos isso algumas vezes desde que percebemos que nos amávamos, mas sempre fico nervosa com as mãos de Cardan em mim, da sensação que sinto com o toque dele, de como fico vulnerável nessas situações, mas a cada vez que dormimos juntos me sinto mais confortável com essa vulnerabilidade, como se na verdade ele me desse mais forças, como se me completasse, me pergunto se é isso que significa o amor, estar vulnerável para alguém e mesmo assim se sentir seguro, nunca pude me deixar ser vulnerável perto de ninguém, mas Cardan é diferente e estou aprendendo a gostar disso.

Cardan me dá um selinho antes de cair sobre mim sentindo o prazer o inundar assim como faz comigo, ele deita ao meu lado assim que recupera suas forças e me aconchego a ele, deitando a cabeça em seu ombro e passando uma das pernas sobre ele, sinto-o sorrir e beijar meu cabelo e sorrio também.

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