Can I call you mommy?

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-Última caixa. - Cissa respirou aliviada e se deixou cair no colchão no chão. Tinha subido e descido três rolos de escada quase a manhã inteira.

-Ei, dá para ver a Reserva daqui! - Jasper disse. Cissa se levantou num pulo e correu até a varanda do novo quarto. Eles estavam no terceiro andar da casa, e ele tinha razão. Cissa conseguia ver a primeira praia, o telhado da casa de Emily, a casa vermelha de Jacob mais à frente.

-Não acredito que eu posso visitar minha família todos os dias! - Cissa abriu um sorriso.

-Esme foi bem esperta ao escolher esse lugar. - Jasper elogiou. - E alguém vai saltar do penhasco. É a Rachel?

-Acho que sim. - ela inclinou a cabeça. - Ela faz muito isso com Paul.

-Isso é algum rito de passagem?

-Acho que sim. - ela pensou. - Mas é bem legal. A adrenalina é boa. Sua filha fez isso. Agarrada a Embry, diga-se de passagem.

-Eles até que combinam. - Jasper sorriu, olhando para baixo. Lá, na grama forrada com uma toalha xadrez, Embry e Bree estavam deitados, Bree com a cabeça apoiada na barriga do lobo. Ele lia um gibi, ela, o quinto volume de Harry Potter, de novo.

-É. - Cissa sorriu. - Vem, vamos arrumar essas coisas nos lugares.

-É sério que a Esme instalou uma prateleira só para seus materiais de arte?

-Eu te amo, Esme!

-Eu sei, querida! - ela disse de algum lugar da casa.

-Vem, ainda temos assuntos bem importantes para resolvermos. - Jasper disse e Cissa abriu um sorriso enorme e comemorou. Jasper riu e beijou a cicatriz que ia da bochecha até perto da orelha da loba.

Enquanto muitas pessoas teriam vergonha de uma cicatriz daquele tamanho tão aparente, Cissa a apresentava sorrindo, já que, afinal, tinha sido um dia de conquistas para Cissa quando ela finalmente conseguiu um pouco de paz para aquela casa. Agora, assim como Jasper, ela carregava uma história no corpo, e talvez até mais sombria que a dele.

-Eu quero ver o que Alice preparou para eles! Todos eles!

-A gente vai. Assim que arrumarmos o quarto. - Jasper estragou a felicidade dela e ela soltou um palavrão, começando a arrumar tudo.

*

-É normal eu ter medo de crianças? - Rosalie perguntou para Cissa.

-Olha, depende muito do ponto de vista. - Cissa disse. - Se for a Claire quando descobre que comeram os biscoitos de dinossauro dela, então sim. Corre. Foge. Mas se forem crianças assim… - ela sinalizou para as crianças que estavam correndo atrás de bolas, brincando de boneca. - Não. Agora, ansiosa? Sim.

-Vai ficar tudo bem. - Emmett garantiu.

-É mais difícil adotar uma única criança, elas ficam deslocadas, e é difícil se adaptar. - Jasper disse. - Duas, ou no nosso caso, quatro, fica mais… fácil?

-Em certo ponto, sim. - Cissa afirmou. - Vai dar tudo certo.

-Vocês vieram! - a mulher, Lorena, que ajudou Cissa e Rosalie com os documentos da adoção estava para ali na porta do estabelecimento, e parecia reluzente de alegria. - Esses quatro, principalmente o pobre Christopher, está comigo há quase quatro anos.

-Outra desistência? - Cissa perguntou.

-Só neste ano, quatro pessoas quiseram adotar ele, mas quando souberam que ele sofre com problemas de raiva e depressão por causa dos traumas, as pessoas davam para trás e escolhiam outra criança, algo como Malina, que foi criado por nós desde pequena. - ela disse.

Wolf Girl // J. HaleWhere stories live. Discover now