Capítulo 11 - A Tarde

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Os dias se foram passando e Chenle tinha um Renjun todo animado (ainda mais que antes) pela casa. A cada semana que se passava o mesmo estava assim por uma coisa diferente e Zhong simplesmente queria entender o porquê, mas o garoto mais baixo nunca dizia, tal e qual estava acontecendo agora.

— Vá lá, Renjun! Me fala só uma palavrinha, eu prometo que não conto para ninguém!

— Ai Chenle que caralho, tá bom, mas depois sem mais perguntas!- Ao ver o outro assentir, Renjun só pôde suspirar e se sentou na cama onde estava organizando a pequena mochila com coisas para levar para "um local onde pode se sujar e molhar", palavras ditas pela pessoa com quem iria.- Eu vou num lugar com uma pessoa.

— Até aí eu já percebi, né cabeça de vento! Me fala mais, por favoooor.- Com um tom mais arrastado e um pequeno bico nos lábios, o garoto de cabelos laranjas tentou arrancar mais alguma informação do mais velho.- Onde vocês vão? E quem é a pessoa?

— Hey! Eu falei sem mais perguntas!

— Mas Renjun isso aí não vale, me conta mais alguma coisa.

— Eu não sei o lugar em que vamos porque a pessoa falou que era surpresa, okay.

— E essa pessoa? Quem é?

— Ai Chenle, você me tira a paciência todinha! Eu não quero que ninguém saiba sobre ele para daí não ficarem criando expectativas que eu mesmo já estou criando, mas que não quero colocar elas altas.

— Então é um ele? Mal posso esperar para conhecê-lo no futuro!- O Zhong falou a última frase num tom de deboche fazendo Renjun suspirar por deixar aquela mínima informação escapar. Você não aprende nunca, né Renjun.

— Tá bom, você já sabe que é um ele, agora me deixa ir porque tenho de ir buscar ele porque ele não tem carta de condução, adeus!

Pegou na mochila rapidamente e se levantou da cama ao falar, deixando um Chenle para trás enquanto provocava o amigo de fugir da conversa mas que iria descobrir quem era o garoto com o tempo. Com um revirar de olhos, pegou nas suas chaves do carro e saiu de casa trancando-a, indo em direção do seu pequeno Corsa e, ao entrar no mesmo e fazer todos os procedimentos, dirigiu até à casa do garoto e mandou mensagem a este quando chegou à residência, não querendo buzinar para não incomodar as pessoas ao redor.
Renjun não pôde deixar de sorrir ao ver uma figura mais alta que si, musculada e com um eye smile surpreendentemente adorável aparecendo.

— Oi, hyung!

— Oi, Jeno! Onde vamos?- O mais velho não podia deixar de esconder a curiosidade sobre o local escolhido e secreto pelo outro, fazendo este rir minimamente.

— Vai para esse endereço aqui.

Ao olhar o pequeno papel com uma caligrafia perfeitamente desenhada, o Huang ergueu uma sobrancelha e sorriu largo. Rio Han. Sem expectativas, Renjun, sem expectativas. Com isso em mente, o menor conduziu até perto do rio, começando a entender o porquê de Jeno ter dito que poderiam se sujar e molhar. Nunca pensara ir com alguma pessoa que tivesse interesse até ao rio, por ser um local que muitos românticos natos iriam para declarar seu amor por alguém ou só demonstrá-lo e Renjun achava isso de certa forma extremamente clichê, porém nunca achara que isso poderia ser o melhor e que talvez tivesse a ideia de ser clichê exatamente por isso; porque muitas pessoas o faziam por ter efeito positivo (e agora poderia comprová-lo com os próprios olhos).

Não fora em muito tempo que ambos os estrangeiros chegaram no local onde ficava perto do rio, estacionando o carro ali por perto, e quando Renjun foi tirar a pequena cesta que o Lee trouxe, este o impediu.

— Deixa estar aí por enquanto, nós vamos fazer uma coisa primeiro, pode ser?- Com o assento de cabeça do garoto com óculos, o maior sorriu e começaram a caminhar pelo caminho feito exatamente para quem queria andar, correr ou pedalar.- Você tem medo da água, hyung?

Zam Zum Zum Zum - ChenjiWhere stories live. Discover now