Um erro.

Uma flecha disparou do nada e meu coração parou. Armadilha. Ergui um escudo o mais rápido possível, mas não o suficiente para evitar que alguns fossem atingidos. E para minha surpresa nenhum deles reclamou.

- Já sofremos pior - murmura a fêmea que havia me abraçado.

Meu coração se aperta e seguro sua mão.

- Peguem nas mãos uns dos outros. Vamos atravessar até um local seguro, um dos três guerreiros irão teletransportar vocês até uma casa em Solaris, lá irão cuidar de vocês e os manterão lá até as casas serem construídas.

Alguns choravam, outros sorriam para mim. Eles obedeceram às ordens e então seguimos para a saída.

- Me desculpem por não ter vindo antes, não sabia que ainda existia mais de nós por aí. Minha família foi enviada para fugir e não deixar os Nocturns serem extintos.

- Nós sabemos, não a culpamos por nada. Você veio mesmo no meio de uma guerra, seremos eternamente gratos - diz um macho magro demais.

- Vocês permanecerem vivos por mais uns mil anos será um ótimo agradecimento.

O macho solta uma risada e arregala os olhos aos ouvir o som. Ele estava tanto tempo assim sem rir?

Soltei um assobio alto e longo, que foi respondido por outro igual. Um sinal de que tudo estava indo bem.

Surgi da escada com um grupo de trinta feéricos atrás de mim. Seph havia sinalizado para que eu fosse rápido e desceu logo atrás de mim. Os Nocturns não gostaram muito se sua presença.

- Ela é boa, está ajudando. É minha amiga, não fará mal a ninguém.

A fêmea atrás de mim faz um movimento com a cabeça em concordância e aperta mais minha mão.

Me certifico que o grupo estava todos juntos antes de atravessar até o lugar onde Jackson estaria.

Ele estava jogando os corpos ladeira abaixo junto com os amigos. Ele levanta os olhos para mim e sorri ao ver os feéricos livres. Ele não hesita ao tomar meu lugar e sumir para Solaris.

- Angello, se prepare. Seph está chegando com mais.

Ele concorda e eu atravesso até às escadas. Esperando Seph sair de lá para entrar. Eu mantinha os soldados o mais afastados possíveis, com minha magia ainda fazendo as coisas queimarem e virarem pó. Corpos carbonizados eram vistos de longe, o que um dia foram soldados era apenas pele seca.

- São muito mais que quatrocentos.

Me viro e vejo um jovem feérico parado. Com o corpo magro e desnutrido.

- Quem é você?

- Eu sou o filho de um dos senhores daqui, nunca gostei do que ele faz. Um dia escapei para ver como eram as coisas aqui. Apenas nesse andar tem quatrocentos. No andar de baixo tem mais quatrocentos.

- Por que eu deveria confiar em você?

- Olha em minha mente.

Ele não mentia, era bom e falava a verdade sobre a quantidade de pessoas ali em baixo.

- Acho bom você quebrar as proteções rápido. Use sua magia para fazer as barras dos calabouços virarem nada além de pó. Traga uma boa parte deles de uma vez, mas mantenha sua amiga aqui para não deixá-los sair de uma vez. Os soldados estão sendo mantidos longe por causa dos mortos que você conjurou.

- Obrigado.

Ele assente e Seph sai do lugar com a mesma quantidade de feéricos que eu. Digo para a ela o mesmo que o garoto me disse e ela concorda. Ela voltou com pressa da colina e me disse rapidamente que era bom mais guerreira zumbis cuidarem do lugar. Jackson estava tendo que cuidar de um lado enquanto Apollo cuidava de outro.

The Death Witch • acotarWhere stories live. Discover now