capítulo 28

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Um dos soldados que patrulha a área em que aparecemos soou o alarme de intrusos. E em segundos ele estava morto. Eles iam aparecendo em grupos de trinta todas as vezes, e isso fez com que aos nossos pés subisse uma pilha de cadáveres.

Narben cortava tudo que aparecia a nossa frente que vestisse uma armadura de bronze. As cabeças rolavam a cada milissegundo. Seph estava ao meu lado, cortando as pessoas com tanta agilidade quanto os meus guerreiros. Nós estávamos limpando o terreno antes de ir buscar os Nocturns.

Alguns deles começaram a sussurrar para os amigos escravizados que a rainha viera. O sorriso surgia nos rostos de uns antes que eles levantarem os martelos e atacassem os soldados que estivessem por perto.

O trio de guerreiros estavam cuidando dos soldados que vinham enquanto eu e Seph abrimos caminho para as masmorras. Onde boa parte deles estariam, sem comida e o necessário para viver. Faltava muito até lá e os soldados pareciam infinitos.

Minha magia fechava as vias respiratórias dos soldados e os faziam cair inconscientes, morrendo de ataque cardíaco logo depois. Os ossos se quebravam, minhas sombras que estavam libertas me atualizavam sobre os números que vinham até nós. O caos estavam se instalando em cada ponto da fortaleza.

Eu conjurava os mortos como Nico um dia vez, os animais presentes se revoltaram contra os feéricos de Rask. Cavalos pisoteavam os soldados sem parar, onças e lobos surgiam da floresta logo ao lado atacando todos que eu mandava. Esse era um poder que eu não gostava mas era útil as vezes. O controle de animais.

Quando os números aumentavam, eu deixei a espada de lado e usei o que nomeamos de toque mortal. As pessoas morriam com um toque. Mesmo se eu tocasse suas espadas eles morriam. Meu sangue latejava para matar mais.

Eu odiava isso, mas era tão bom. A morte morava em minhas veias, era minha maldição. Quanto mais eu matava, mais eu queria.

Os prédios e casas usados para reuniões do conselho de Rask pegavam fogo. As janelas se quebravam conforme eu passava, guardas gritavam por ajuda ao serem queimados vivos junto com suas famílias tão más quanto eles.

Os Nocturns que estavam forjando largaram a forja e foram à luta. Eles poderiam estar a muito tempo sem lutar, mas a forma em que eles pegavam as espadas prontas com rapidez e giravam o corpo para cortar um soldado era magnífica. Uma vez guerreiro, sempre guerreiro.

Os guardas estavam cheios de energia, o que era ótimo para treinar um dos poderes mais legais. Absorção de energia.

Conforme eu passava a vida deles era tomada e apenas restava uma casca, eu tomava até mesmo os poderes deles, me fortalecendo cada vez mais. Seph arregalou os olhos diante do massacre feito sem eu nem mesmo levantar um braço.

Ao longe estava uma escada que descia para o subsolo. De acordo com Azriel, era onde os Nocturns estavam sendo mantidos. O lugar possuía muitas proteções e não havia tempo para quebrar todas elas. Então apenas retirei a que impedia a mim de entrar lá dentro. Seph ainda matava quando desci o primeiro degrau.

O objetivo era abrir uma cela e os levar até o local onde os três guerreiros estavam esperando. Eles atravessariam até a casa em que eles ficariam.

Meus olhos se encheram de lágrima ao ver a situação em que eles estavam. Havia muitos deles em uma só cela, mais do que o esperado. Uma fêmea começou a gritar quando me viu, estendo a mão em minha direção.

Corri até lá e quebrei o cadeado, mas a porta não se abria. Respirei fundo e trabalhei para quebrar as barreiras que me impediam de salvar aquelas pessoas.

O feitiço era forte, mas eu consegui. A mulher se tacou sobre meu corpo e me abraçou. Murmurando obrigada diversas vezes. Saio pelo o corredor em busca de ameaças mas não havia nada que eu pudesse ver. Então andei em direção à saída.

The Death Witch • acotarWhere stories live. Discover now