capítulo 28.

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Madelaine Petsch pov.

- tudo bem, eu estou bem. - repeti para lili, pela quarta vez e ela suspirou pesado.

vanessa havia nos trago aqui, o caminho foi repleto por silêncio, nenhuma de nós nos hesitamos em dizer uma palavra sequer.

vanessa ficou o caminho inteiro me olhando de relance para se certificar de que eu estava bem.

lili, como permanecia no banco de trás comigo, ficava me acariciando e apertando forte a minha mão, me transferindo um pouco de paz e segurança.

quando chegamos, eu não falei muito com vanessa, apenas a agradeci e dei-lhe um abraço fraco.

lili ainda não saiu, ficou comigo aqui até agora, e eu a agradeço por tudo que ela está fazendo, mas eu só quero ficar um pouco sozinha agora...

- você não está bem, mads!! não minta para mim. - lili exclamou e eu assenti fraco.

- só quero ficar um pouco sozinha... - murmurei, meio cabisbaixa.

- ok, eu vou para casa, mas qualquer coisa que precisar eu estarei lá. por favor, se cuide. - sussurrou a última parte.

- tudo bem. obrigada, lili, obrigada mesmo. - abracei-a forte e ela sorriu de lado.

sozinha de novo...

mas agora, sozinha com pensamentos horríveis.

eu deveria ter contado a ele desde o início, não deveria ter o machucado tanto, mas ele ao menos deveria ter me dado explicações.

se o relacionamento não estivesse bom para ele, acho que ele deveria dizer.

assim como eu...

como eu o traí e não disse nada.

eu me sinto tão podre, tão suja, me sinto um monstro.

não posso reclamar ou dizer nada dele, até porque eu fiz o mesmo, e talvez tenha feito pior...

- vanessa? - murmurei, assim que ela me atendeu no segundo toque.

- oi, mads. aconteceu alguma coisa? - perguntou e pelo seu tom de voz, pude perceber que ela estava meio preocupada.

- queria ouvir a sua voz... - disse em quase um sussurro, me jogando na cama e brincando com a barra do cobertor.

- não sabia que você tinha esse lado fofo. - riu bem baixinho e eu suspirei. - vai ficar tudo bem, eu te prometo isso.

- eu quero que saiba, que se você sente um pouco mal por essa situação, liberte-se disso. eu sei que sou culpada por tudo, e não quero que ninguém fique sentido pelos meus erros. - murmurei e pude ouvi-la suspirar muito pesado e ficar em silêncio por alguns segundos. - ainda está ?...

- mads, eu disse que estou com você e quero que saiba de uma coisa. eu não vou a lugar algum, onde não caiba você! - disse séria e eu senti confiança na sua voz.

é isso que ela me traz... confiança, segurança, liberdade, amor..

- preciso desligar. - falei com a voz falha.

- está bem. se cuide e não se esqueça de mim. - vanessa murmurou em um tom meio brincalhão e eu ri pelo seu jeito engraçado de sempre querer me ver bem, mesmo se estivermos na pior situação...

- te amo. - disse meio baixo, ainda rindo arrastado.

- também te amo. - murmurou e eu sorri feito uma boba. - amo muito mais do que você possa imaginar.

encerrei a chamada e coloquei o celular cuidadosamente no criado mudo.

eu não sei ao certo o que vou fazer.

no que vou pensar.

mas enquanto eu não sei como agir,
vou me aprofundar novamente
nas minhas solitárias lágrimas.

minha professora que manda - madnessa.Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin