capítulo 26.

1K 123 195
                                    

Vanessa Morgan pov.

- hum, hum. - fingi uma tosse e ele finalmente se virou para mim.

não acredito estar vendo isso, isso é tão inacreditável..

a menina saiu sem que eu a visse e logo ele veio em minha direção, com um misto de vergonha no olhar.

- me conta o que você viu, agora. - travis segurou o meu braço com força e eu o olhei com um pequeno deboche.

- oh, você quer saber o que eu vi? ok, vou te dizer. mas vou logo avisando que vi muita coisa, então talvez demore um pouco.

- vanessa!! - travis murmurou irritado e me empurrou contra uma pequena árvore, mas eu não hesitei em mostrar medo ou algo do tipo.

- vamos lá.. eu vi a lua, vi árvores, ah, também vi umas motos e uns carros passando... - ele não me deixou terminar e apertou com um pouco mais de força o meu braço.

- diz logo!!

- cala a boca que eu não acabei ainda. vi pessoas andando, vi estrelas no céu, também vi uns caras tomando cerveja bem ali. - apontei para um bar qualquer. - mas o que eu vi, que mais me interessou, foi um babaca que teve coragem de trair a mulher mais incrível desse mundo, bem ali atrás daquela caçamba de lixo, aliás, travis. é bem o que te representa, uh?

não aguentando lidar com as minhas provocações, travis deixou um soco extremamente forte no meu maxilar, causando um ferimento enorme, um pouco de dor e quase algumas lágrimas iriam cair, mas eu me contive.

não quero mostrar medo ou dor na frente dele, não vou dar o braço a torcer nisso tudo.

sem pensar duas vezes, revidei o soco, dando outro três vezes mais forte em seu rosto, fazendo o mesmo cair no chão e gemer de dor.

me aproximei mais dele e me abaixei para conseguir olhá-lo nos olhos, segurei firme a gola da sua camisa e ele colocou a mão no local ferido.

- você não sabe a burrada que você fez, cara... você acabou com a sua vida, só vou te dizer uma coisa... você nunca vai encontrar alguém como ela. - murmurei e antes de sair, cuspi no rosto dele e deixei mais um soco no mesmo.

caminhei em passos rápidos até a minha casa, sem saber o que fazer e sem acreditar no que acabei de ver e fazer.

eu só penso na madelaine...

só penso no quanto possa doer nela..

mas eu vou ter que contar.

cheguei em casa e sem hesitar, liguei o celular, discando o número de lili e no terceiro toque, ela atendeu.

- oi, lili? - murmurei e ela ficou um tempo calada.

- vanessa? oi, tudo bem? - disse em um tom calmo e eu suspirei pesado.

- não está nada bem. eu preciso que um jeito de trazer madelaine aqui, eu quero falar sério com ela e é óbvio que não posso ir .

- uh, ok. estamos chegando em alguns minutos.

fiquei algum tempo sentada no sofá, com as pernas tremendo e uma vontade imensa de matar o travis.

me levantei rapidamente, quando ouvi o barulho da campainha. abri a porta e dei de cara com uma madelaine sorridente e uma lili meio confusa.

- entrem. - dei espaço e as mesmas adentraram.

madelaine pulou no meu colo, me abraçando e me beijando, mas logo percebeu que eu não estava muito bem, e quando viu meu machucado, me olhou mais preocupada ainda, então desceu rapidamente e olhou para lili.

- o que houve? - madelaine perguntou, tocando no local machucado e nem eu ou lili respondemos.

- lili, me desculpe, mas preciso falar com a mads a sós. - murmurei para lili e ela assentiu, meio cabisbaixa.

- eu fiz algo? - madelaine perguntou novamente e eu a puxei pelo braço, levando-a até o meu quarto.

- mads, eu preciso que primeiro você mantenha a calma. - murmurei e ela me olhou já preocupada.

- o que aconteceu? - perguntou nervosa.

- eu vou dizer logo. eu vi o travis te traindo hoje, alguns minutos antes de vocês chegarem. - falei rápido, fechando os olhos logo em seguida, mas quando abri-los, vi madelaine com uma feição não muito boa.

algumas lágrimas começaram a cair do seu rosto sem parar e ela ficou incrédula, sem saber o que me responder ou o que fazer.

a abracei forte e ela começou a chorar cada vez mais.

me partiu o coração vê-la daquela forma. como alguém pode ser tão idiota, ao ponto de trair essa garota? ela é simplesmente incrível e...

- ei, está tudo bem..

- foi ele... ele que... fez isso? - ela perguntou, com a voz falha pelos soluços.

- foi... - falei em um sussurro e ela voltou a chorar cada vez mais forte.

- a culpa é minha... é toda minha, eu sabia... sabia que eu não deveria. eu sou um monstro, vanessa.

- ei, para com isso!! o culpado é ele. madelaine, ele nunca te mereceu, você não tem culpa de nada. - voltei a abraçá-la e seus choros só aumentavam.

- você brigou com ele? - voltou a me olhar e eu assenti.

- mas foi uma briga besta..

- eu não sei o que fazer, eu estou tão destruída... - madelaine murmurou e eu mordi o lábio inferior, ainda chateada com tudo isso.

- vai ficar tudo bem, estou com você e não vou soltar a sua mão nunca.

minha professora que manda - madnessa.Where stories live. Discover now