— Mas a gente se divertia! Saímos, jantávamos, transávamos, qual foi o problema? Porra do nada você não falou mais comigo! Nos tínhamos um lance.

— Tínhamos, falou certo, no passado. Eu me cansei de ter você se metendo onde não é chamado. Isso nunca foi uma relação, na realidade, e você sabe disso. Não tens o direito de vir até a minha casa me cobrar algo que eu nunca te dei, então de uma vez por todas eu ponho fim nisso. Seja lá o que tivemos, eu ponho um ponto final aqui e agora.

Com passos pesados ele se encaminhou até e porta e a abriu.

— Eu não vou embora!

— Ah, você vai sim porque ainda me resta uma quase ínfima quantia de paciência e eu estou usando ela para não te jogar pessoalmente pra fora da minha sala, então eu sugiro que saia daqui antes que seja pior.

— Mas... V, eu vim por você, por nós... não,...

— Não existe nós. Nunca existiu e nunca existirá. Fora.

Atordoado por uma avalanche de sentimentos mistos, Bogum acatara a ordem, indo embora e deixando finalmente que Taehyung pudesse descansar. Meia hora depois, dentro da banheira, com seu celular ao seu lado, tocando uma suave melodia e com um taça de vinho em mãos, Taehyung limpava de sua mente o nome do ator e se concentrava apenas em relaxar cada célula de seu corpo com a água morna. Bogum, seu ciúme e síndrome de estrelismo haviam o deixado com dor de cabeça. Aonde já se via, Kim Taehyung tendo como centro de seu mundo outra pessoa além de si próprio? Era um pouco hipócrita de sua parte pensar com ironia tal frase quando havia alguém que lhe roubara a atenção e quase que por completo seus pensamentos. Brincando com a espuma em sua pele, ele pensou em Jung Hoseok. Pensou nas reações diversas que esse homem o causava, desde um nervosismo com traços de timidez, até um tesão descomunal que o fazia esquentar e sentir seus pêlos se arrepiarem. As lembranças excitantes daquela noite seguiam frescas em sua mente e não negava o desejo que possuía de revivê-las, porém não era somente isso o que desejava.

Almejava vê-lo sorrir.

Em algum momento ao longo desses meses, havia caído pouco a pouco pelo encantado sorriso de Hoseok, que tão característico e único, possuía um formato de coração. Era lindo. Fazia-o sentir-se um bobo por sempre se pegar sorrindo, ainda que minimamente ao observá-lo.

Não era só tesão. Não era só sexo.

Poderia ter se iniciado pelo desejo e atração inegável que sentia, mas não permanecia sendo assim. Gostava de Hoseok. Sentia algo além de apenas atração sexual e isso vinha se mostrando cada vez mais nítido para si com o passar dos dias.

Olhá-lo fazer uma careta apertando os lábios, por algum motivo se tornava fofo aos seus olhos. Ou quando ele aparecia com roupas esquisitas todo alegre e saltitante, sempre gentil e educado com todos. Ou quando ouvia sua gargalhada... as poucas vezes que a vira, fora quando presenciava algum momento de conversa entre ele e Yoongi, nesses momentos se sentia um invejoso por desejar que aquele belo sorriso fosse direcionado a si.

Não tinha como negar. Estava gostando de Jung Hoseok já havia um bom tempo e esse sentimento só vinha aumentando. Ter transado com ele parecia ter sido o verdadeiro estopim para que sua mente soasse um alerta continuo dizendo o quão perdido e caído pelos encantos do outro, ele estava.

Já não bastasse ser lindo, fofo, educado e competente, ainda tinha que ser um tremendo gostoso que fodia como nunca antes havia experimentado.

Queria ter de novo seus corpos grudados e quem sabe dessa vez, emaranhados entre os lençóis de sua cama, mas ao mesmo tempo desejava sair, comer algo juntos, conversar e conhecê-lo melhor, afinal, podia saber suas manias e traços de personalidade, mas não sabia sua história e por algum motivo – que descobriu ser por estar lentamente se apaixonando – possuía uma curiosidade sem igual para saber sobre.

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