UMA NOVA HISTÓRIA

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Olivia é filha de Olavo Bennett Torres que a tem como seu ponto fraco e ao ser espancada em sua faculdade por ser gorda, se vê obrigada depois de muito tentar esconder os machucados de seu pai e de sua governanta a conviver 24 horas por dia com um guarda-costa muito mal humorado e sem paciência nenhuma, contratado exclusivamente para garantir sua segurança. Eron não é o tipo mais indicado para ser guarda-costa de uma garota de 20 anos, gorda, anti-social e julgada por seu peso, pra completar filha de um cara que a vê como um cristal, mas não tem muita escolha quando Aspen, seu amigo e braço direito de Olavo, cobra um favor antigo para garantir a segurança de Oli, a garota por quem é perdidamente apaixonado a um bom tempo.


Capítulo 1

ERON

Meus dias estavam até que ficando tediosos quando recebi um ultimato de Aspen, um velho e bastardo amigo meu. A alguns anos ele salvou minha vida ao me ajudar sair de uma briga feia em um bar muito obscuro de Boston. Infelizmente naquele dia eu estava sem nenhuma vantagem e tive que recorrer ao bom senso pedindo a ele que me ajudasse e em troca o deveria um favor, regras do mundo que perambulo, não há um favor aqui que não seja cobrado na hora certa, nunca temos muitas opções de escolha sobre isso.

Encaro a mensagem de Aspen dizendo que me espera em Seattle e só consigo torcer a boca em desagrado. Apesar de ser bem perto daqui, não me agrada.

Droga de favores!

Odeio fazer justamente para não perder tempo cobrando e odeio aceitar porque de um jeito ou de outro eles são cobrados.

Saio embusca dele um pouco mais contente depois de ter fodido a aeromoça no banheiro do aeroporto, uma pena que a pequena fagulha de animação que ainda restava em mim pra essa merda toda aonde tive que meter a minha bunda se esvaiu assim que vi a placa com meu nome na mão de Aspen que me encarava parecendo tão irritado quanto eu com essa situação.

- Finalmente chegou, já estava pronto pra fazer algumas ligações e descobrir seu paradeiro. - Ele parece ainda mais irritado de perto, uma pena que nem assim deixa de falar muito.

- Estou aqui, não estou!? - Abro os braços mostrando pra ele que também não estou contente e sou ignorado.

Seguimos para o carro e antes de fechar a porta Aspen já arranca com tudo xingando alguns palavrões depois de ver uma mensagem no celular.

- O serviço é simples. Tem suas nuances, mas nada que deva se preocupar muito caso seja capaz de fazer tudo direito. Olívia é filha de Olavo Bennett Torres, não se engane, ele mataria pela filha! Seu serviço será proteger Oli, cuidar e zelar para que nenhum filha da puta chegue perto dela de novo ou a tente machucar.

Oli? Esse bastardo tem um caso com a filha do próprio chefe ou é muito íntimo dela. Espero que essa merda não respingue em mim.

- O pai dela não tem inimigos tão estúpidos ao ponto de tentarem machucar o ponto fraco dele. Não entendi ainda porque nesse caso uma garota como ela precisaria de um guarda-costa, até aonde eu saiba Oli, - Provoco testando o apelido dela em meus lábios e de canto de olho vejo sua mandíbula travar e suas mãos apertarem o volante. - não é tão interessante assim, ou é?

Provoco mais uma vez e Aspen se irrita um pouquinho mais, se não fossemos velhos amigos eu sei que já estaria morto, mas ele apenas aponta a arma para mim me fazendo gargalhar com seu jeito possessivo em relação a ela.

- Não tem o direito, então cale a sua maldita boca suja.

- Te conheço a bastante tempo pra saber quando está interessado em alguém. Não me diga que o ponto fraco do seu chefe, também é o seu!? - Debocho e Aspen guarda a arma.

- É claro que não. Eu vi Olívia crescer, não a vejo com outros olhos. Não seria capaz disso, ela me vê como um irmão mais velho e o sentimento...

Não o deixo terminar sua frase porque completo com o óbvio:

- Não é o mesmo! É, eu sei. Está na sua cara de idiota quando fala dessa garotinha que está apaixonado.

- Olívia é uma menina doce Eron, então faça um favor pra todos ao se limitar a falar o mínimo possível com ela, não quero que a faça chorar com esse seu jeito bruto. Evite confusões em sua frente, Oli odeia violência.

- Ainda não entendi porque precisam de mim sendo uma maldita babá pra essa criança.

- Olívia não é uma criança Eron, não mais! - Aspen soa quase que esperançoso e eu o encaro achando estranho essa sua fixação por ela.

Desde quando ela era criança que ele mantém essa paixão sobre ela ou começou agora? De repente me sinto extremamente curioso pra descobrir o que tanto essa garotinha tem pra conseguir enfeitiça-lo dessa forma. Tenho certeza que Olavo nunca aprovaria o relacionamento da filha com um dos seus subordinados, até mesmo o mais fiel de todos, que no caso seria Aspen.

- Ela cursa administração na melhor faculdade de Seattle, passou por mérito próprio. Sempre foi inteligente e estudiosa. Recentemente foi agredida por um grupo de garotas por ser diferente delas, ser gorda. Olavo está furioso e só não matou cada uma das cinco garotas que machucaram Olívia porque Nádia e eu intervirmos, em compensação está mexendo uns pauzinhos aqui e outros ali de forma bastante ilegal para não só acabar com a reputação da família delas, como garantir que passem um bom tempo na sarjeta pra sentirem o peso da humilhação que causaram a filha dele. Você será apenas uma medida preventiva de que isso não volte mais a acontecer. Da próxima, não garanto que Olavo será tão generoso como está sendo agora, principalmente pelo fato de que agora Olívia está depressiva e se recusando a comer em uma tentativa bastante idiota de tentar emagrecer mais rápido.

Fico calado digerindo tudo, mas minha paz dentro do carro acaba quando chegamos na grande mansão dos Bennett's.

Sinto que meus dias serão longos ao lado dessa garotinha.

ESTARÁ DISPONÍVEL NO MEU PERFIL

Ela é a minha RedençãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora