Carolina Sachs-Priestley

Caputulo 25 = O jantar

- Como assim, tanta coisa?

- Eu tenho dois bolos de aniversário para fazer, tenho que ir ao shopping comprar a prenda de aniversário de Gabriela e de Luna e depois tenho que me arranjar para o jantar com Carolina.

A mãe bebia o seu café muito calmamente.

- Realmente tem muita coisa para fazer. Você precisa de dinheiro filha?

Kristel deu um sorriso à mãe.

- Não mamãe, obrigada. Eu tenho algumas economias. Consegui poupar algum, nos trajetos que fiz a pé. Eu acho que dá para comprar a prenda de Gabriela e de Luna.

- Você sabe que se precisar é só pedir. O dinheiro não é muito, mas vai dando para os gastos.

- Eu sei mamãe. Eu também tenho algum dinheiro que fiz no salão e na padaria, eu não gastei nenhum. Você sabe que desde que estou na empresa não gasto um tostão.

- Eu sei filha.

- Eu já coloquei o dinheiro dos bolos na sua caixinha para ajudar nas compras. Quando eu receber o meu salário, vou começar a pagar à Rita.

A mãe estava contente que a filha começava a estabilizar a sua vida.

- Ainda bem que finalmente a sua vida começa a endireitar, filha.

- Espero bem que sim mamãe.

Dona Maria pega numa torrada e coloca o doce de maçã que ela mesma fez no dia anterior.

- Como é que vamos fazer amanhã para irmos para a festa?

Kristel pensa um pouco antes de responder, lembrando-se de um detalhe que ainda não tinha compartilhado com a mãe.

- Mamãe, esqueci de te contar uma coisa. Amanhã, a Gabriela e eu vamos almoçar na casa da Carolina, e depois pretendemos ir direto para a casa da irmã Magui. Já falei com a Rita, e ela vai levar vocês e os meninos no carro dela. Tudo está combinado, não precisam se preocupar com nada.

A mãe termina sua torrada, limpando a boca.

- Como você preferir, filha. Esse doce ficou ótimo, está exatamente do jeito que você gosta.

- Eu ainda não provei, mas deve estar delicioso como sempre.

Dona Maria acrescenta.

- Comprei um jogo da Frozen para Gabriela e outro para Luna. Espero que elas gostem.

Kristel sorri, tranquilizando a mãe.

- Tenho certeza de que elas vão adorar. Não se preocupe.

O senhor João chega à cozinha, cumprimentando a filha com um beijo na testa e à esposa com um beijo nos lábios.

- Bom dia, meninas. Vocês parecem estar tendo uma conversa animada.

Kristel sorri para o pai.

- Estamos organizando nosso dia de hoje e amanhã.

O senhor João serve-se de uma xícara de café e senta-se ao lado da esposa.

- Vocês acham que devemos ir, Kris?

Kristel olha para o pai, um tanto surpresa, sem entender a preocupação dele.

- Claro que sim, por que está perguntando isso?

- Bem, eles são pessoas ricas, e às vezes pode ser desconfortável para nós. Não quero nos sentirmos deslocados.

Kristel entende a apreensão do pai e tenta tranquilizá-lo.