Nova york
Terça-feira, 20 de julho
Por volta das 17:30Carro de Carolina
O interior do carro de Carolina estava envolto em um silêncio carregado, interrompido apenas pela melodia suave de uma música clássica que fluía pelas colunas do veículo. O aparelho de som sempre mantinha o telefone dela conectado para momentos como esse.
Enquanto o trânsito movia-se lentamente, ambas as mulheres pareciam retraídas, mergulhadas em seus próprios pensamentos. Um leve nervosismo pairava no ar, dificultando o início de uma conversa. O olhar fixo na estrada era compartilhado, evitando qualquer contato visual que poderia aprofundar a incerteza que sentiam.
A congestionada circulação de carros contribuía para o atraso em deixar o centro da cidade. A cada momento de espera, o silêncio parecia se aprofundar, tornando-se uma barreira invisível entre elas.
No entanto, apesar do desconforto, o som da música clássica criava uma espécie de conexão sutil, um elo compartilhado em meio ao desconhecido que as cercava.
Após meia hora, finalmente deixaram para trás a região congestionada e se encaminharam em direção à casa de Kristel. A sensação de alívio começou a se instalar.
No interior do carro, a ruiva, em busca de acalmar seus próprios nervos, respirou profundamente, sentindo o ar encher seus pulmões e se esforçando para deixar para trás parte da tensão acumulada.
- Realmente, foi um alívio sair daquela confusão.
Observando a paisagem ao redor, Kristel parecia fascinada pelo carro e um pouco incerta sobre como agir ao lado de Carolina. Decidindo romper o silêncio, ela sorri levemente e comenta.
- Nesta cidade, é uma constante, o pior momento ocorre entre as 15h30 e as 16h30, quando as crianças saem das diferentes escolas, junto com alguns funcionários. Além disso, há outro pico neste horário, que é quando a maioria dos funcionários também deixa o trabalho.
Carolina lança um olhar de soslaio para Kristel e percebe que ela está extremamente ereta e rígida, como se estivesse apreensiva ou temerosa em relação a algo.
Ela concorda com um aceno de cabeça e responde.
- Parece ser um verdadeiro desafio lidar com esses horários de pico. É incrível como o trânsito pode afetar tanto o ritmo da cidade. Na maioria das vezes, eu costumo sair por volta das cinco, já para não apanhar este inferno.
Kristel abana a cabeça concordando.
- Ao menos agora estamos fora desse congestionamento e em um ritmo mais tranquilo.
Carolina olha pelo canto do seu olho e repara que a sua nova assistente estava tensa.
- Kristel, vejo que você está com algum receio, mas não precisa ter medo, eu tenho a carta à vários anos e nunca tive um acidente.
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Carolina Sachs-Priestley
FanfictionCarolina Sachs-Priestley, aos 28 anos, é uma mulher solteira que ocupa o cargo de CEO na empresa fundada por suas mães, Miranda e Andrea. Ela desempenha um papel vital no departamento de projetos sem fins lucrativos na empresa da família. Além disso...