Capítulo 12: Raio de sol

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Os dias que se seguiram após a ida ao parque foram plenamente felizes para Eda e Serkan, e principalmente para Kiraz, que se sentia completa com a presença deles em sua vida, os dois passaram a conviver bem, deixando o passado para trás, e focando unicamente no presente.

- O que está fazendo? - Eda perguntou, ao encontrar Serkan próximo ao estábulo dos cavalos, concentrado no rascunho dos desenhos que fazia.

- Uma casa voadora. - Respondeu, virando o caderno para ela.

- Uma casa voadora? - Perguntou, sentando-se ao lado dele.

- Kiraz me pediu uma. - Riu. - Eu disse a ela que não existia casas voadoras, e ela me disse que eu estava agindo como uma criança.

- Ela te disse isso?! - Eda riu quando ele concordou. - Essa menina é incrível.

- Eu decidi parar de agir como uma criança, e construir uma casa voadora para ela. - Brincou, e eles riram.

- Vai ser um ótimo presente de aniversário. - Eda disse. - Tenho certeza que ela vai adorar.

- Espero que sim. - Ele sorriu, fechando o caderno de rascunhos. - Tenho que cuidar dos cavalos, agora.

- Como está Çilek? - Perguntou, se levantando para olhar os cavalos.

- Muito bem, está tendo uma ótima recuperação. Não é, garota? - Serkan disse, acariciando a égua. - Meu problema agora é Yıldız.

- Qual o problema com ela? - Eda perguntou curiosa.

- Ainda não me deixa monta-lá, me jogou de cima dela na última vez. - Respondeu.

- Ual, você está bem? - Perguntou preocupada, olhando o ex-namorado de cima a baixo em busca de algum ferimento.

- Estou bem. - Ele sorriu. - Agora vou levar essa rapaz para se exercitar, quer vir comigo?

- Claro. - Eda concordou. Ela precisava finalizar o jardim antes da festa de aniversário de Kiraz, mas passar algum tempo junto de Serkan sempre era bem vindo. Ayfer brincava dizendo como ela parecia uma adolescente, enquanto Melek suspirava, afirmando que sempre soube que sua Dadá e Enişte não conseguiam viver um sem o outro.

Eda ignorava. As duas. Mas quando estava sozinha, ela mesmo suspirava, pensando em como Serkan Bolat fazia o seu coração acelerar, em como o seu perfume a deixava inebriada.

Os dois caminharam com o cavalo, Lemı, de pelagem escura e macia, e extremamente dócil, até a área de exercícios, e Eda assistiu Serkan guiar o jovem cavalo com maestria.

- Você quer montar? - Perguntou, de cima do cavalo.

- Ele não vai me jogar como Yıldız fez com você, vai? - Perguntou.

- Talvez ele tente, Lemı realmente só gosta de mim. - Brincou. Eda riu. - Ele não vai te jogar, de todos os cavalos, esse é o mais dócil. Vem, me de a sua mão.

Eda segurou a mão de Serkan, e ele a puxou para cima do cavalo, colocando-a sentada a sua frente, segurou as rédeas do cavalo, e Lemı passou a trotar suavemente pela extensa área da fazenda.

— Você está um pouco tensa, precisa relaxar, Eda. — Serkan disse. — Para Lemı confiar em você, você precisa confiar nele.

— Tudo bem, eu só... não faço nada assim há muito tempo. — Disse ela.

— Não tenha pressa, eu estou segurando você. — Serkan disse. — Nós fugimos na minha moto, debaixo de chuva, e nas vésperas das provas da universidade, depois que você brigou com a sua avó, se lembra? — İndagou.  Eda fechou os olhos, tentando buscar esse memória em sua cabeça, mas como na maioria das vezes, tudo o que conseguiria era uma dor de cabeça.

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