⭒CAPÍTULO TREZE⭒

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FELIZ NATAL! E NÃO SE ESQUEÇAM DE ME DAR O MEU PRESENTE VOTANDO NO CAPÍTULO : )

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O carro foi estacionado em frente a um prédio totalmente espelhado, abri a porta e desci fechando logo em seguida depois de pegar o meu celular no painel do automóvel. A minha mãe estava com um sorriso mais tranquilo nos lábios e juntas entramos no local, havia um porteiro que fez um sinal para subirmos direto assim que reconheceu a minha mãe.

Pegamos um elevador e percebi pelos números vermelhos que o apartamento ficava no vigésimo andar, não poderia ser menos que isso até porque o Daniel tem uma grande paixão pela astronomia e sempre disse que gostaria de comprar um telescópio quando se mudasse pra um lugar alto.

Não demorou muito para chegarmos e ouvimos passos se aproximando assim que tocamos a companhia. Quem nos atendeu foi a tia Helena com um pouco de farinha no cabelo e pelo avental, acabei rindo antes mesmo de entrar no cômodo.

─ O que você está cozinhando? ─ Perguntei correndo os olhos pela sala enquanto a minha mãe e a mesma se abraçavam.

─ Estou aprendendo fazer um bolo que a minha mãe me ensinou, mas está complicado com ela e o Daniel que tentam se comunicar por vídeo chamada. ─ Mencionou desfazendo o nosso abraço.

Segundos depois o meu primo apareceu com o celular em uma das mãos e no fundo consegui ouvir a voz gentil da minha avó Lurdes que reclamava chateada por não entender muito bem sobre tecnologia.

─ Amélia, você é a irmã mais nova e entende melhor disso aqui! ─ Do outro lado da chamada a minha avó chamou a minha tia avó.

─ Tia é só você tirar o dedo do alto falante do seu celular que você vai conseguir me ouvir melhor... ─ O Daniel tenta explicar caminhando na minha direção para me abraçar.

Em meio a essa confusão na minha vida até me esqueci um pouco da minha família do Brasil. A minha avó Lurdes tem irmãs gêmeas, ou seja são trigêmeas, ela é a mais velha e poucos minutos depois a do meio veio que é a Mônica, mãe do Daniel. A mais nova é a Amélia que tem dois filhos, uma menina chamada Cecília e o outro é o Arthur.

É bem confuso de explicar pras pessoas, mas é muito mais divertido ficar perto das três. Cada uma tem um gosto diferente e tenho pena do Daniel e dos outros dois primos que precisam entrar no meio quando resolvem discutir até mesmo sobre a cor do céu.

─ Essa aí é a Ellenor? ─ Uma delas perguntou na chamada e o Daniel logo me entregou o celular desistindo completamente de tentar ensinar a elas.

─ Bença vó, oi tia avó! Bença também. ─ Sorri na direção do aparelho quando vi a tia avó Mônica.

─ Deus te abençoe! ─ Responderam em uníssono e por sorte não são gêmeas idênticas porque eu claramente ficaria confusa por quase não passar tempo suficiente pra conseguir identifica-las logo de primeira.

─ Onde está a tia Amélia? ─ Perguntei curiosa procurando atrás delas, mas não consegui enxergar quase nada além da metade da cara das duas ocupando a tela inteira da chamada.

─ Ela foi agora pouco ajudar a sua prima Cecília no restaurante que está ficando cada dia mais famoso. ─ A minha avó sorrio orgulhosa falando um pouco mais alto que o normal.

─ Querida, quando vem nos visitar? ─ A tia avó mencionou e em seguida não consegui mais vê-las porque sem querer clicaram em desligar a câmera.

─ Não sei, o papai está trabalhando muito com a construção da nova empresa aqui em Riverside e hoje mesmo voltei pro colégio. ─ Respondi com o coração apertado, faz um ano que não nos vemos e nem consigo imaginar como o meu pai também deve estar morrendo de saudade.

Querida, grande vida. #2 Where stories live. Discover now