⭒CAPÍTULO SETE⭒

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Por alguns dias precisei ficar de repouso e só não foi entediante porque o namorado do meu melhor amigo vinha me visitar. Por vezes alguns alunos ficou na enfermaria quando se machucavam, conheci algumas pessoas legais e outras só tentaram ser amigáveis para perguntar sobre a divulgação do meu diário. Me senti mal, não tinha me esquecido do que aconteceu no ano passado, mas mesmo que doesse respondi a verdade com um sorriso falso nos lábios.

A minha mãe alugou um quarto em uma pousada perto do acampamento e sempre me visitava para passarmos o dia juntas, mas no fim da tarde a mesma sempre precisava ir embora para atender ligações e resolver alguns problemas no Drivin.

Depois que me lembrei que a Jean me empurrou, não demorei muito para tomar providências e contei pro diretor que no mesmo dia anulou o jogo.

─ Como anda a vida de garota supervisionada? ─ Sorri ao ouvir a voz do Kisung que estava parado na porta da enfermaria.

Ele não parou de se arriscar com as visitas noturnas e quase sempre pelo restante da noite o ouvia falar sobre o meu melhor amigo.

─ Meio entediante quando as minhas visitas preferidas não estão aqui comigo. ─ Dou de ombros fazendo beicinho.

─ Espero estar na lista até porque tive uma ideia brilhante. ─ O garoto sorrio e naquele momento tive certeza que o mesmo estava pensando em aprontar algo. ─ Quando você vai sair desse quadrado?

─ Hum, talvez depois de amanhã... ─ Não aguentava mais ficar deitada e mesmo que todo o meu corpo não estivesse inchado ainda precisava esperar mais um pouco.

─ Tenho uma surpresa pra você. ─ Se virou para encarar a porta e depois voltou a atenção para mim antes de sussurar em baixo tom. ─ Mas, você precisa sair daqui...

─ Você sabe que não posso sair daqui. ─ Revirei os meus olhos.

─ Não pode ou não quer?

─ Você sabe que é a primeira opção!

─ Que pena, achei que você fosse mais aventureira já que caiu de um barranco enquanto corria em uma corrida que nem queria participar. ─ Ele cruzou os braços segurando o próprio riso.

─ Aposto que teria ganhado se aquela garota não tivesse me empurrado. ─ Nós dois acabamos rindo da situação porque sabíamos que eu não ganharia nada.

─ Talvez em outra vida. ─ Respondeu bagunçando o meu cabelo.

─ Fala logo qual é a surpresa!

─ Se contar não vai ser uma supresa e você tem que ver com os seus próprios olhos. ─ Se inclinou para perto da janela com as mãos no bolso da frente da calça.

─ Por que não posso ver a surpresa depois de amanhã? ─ Perguntei completamente curiosa enquanto me sentava na cama para calçar o meu coturno.

─ Amanhã de manhã vão fechar a área do lugar e depois não vamos conseguir ir até lá...

─ Tudo bem, mas daqui a duas horas tenho que estar deitada nessa cama pra minha enfermeira acreditar que estou dormindo profundamente feito a Bela adormecida. ─ Falo me levantando da maca que foi o meu suporte nos dias que não conseguia mexer nem um braço sem sentir dor.

─ Tudo bem, essa nossa fuga vai valer a pena de qualquer jeito. ─ O mesmo respondeu convencido passando os braços pelo meu ombro.

─ Espero que seja mesmo. ─ Respondi com um sorriso nos lábios.

Peguei uma lanterna dentro do armário de emergência que a enfermeira usou para clarear a sala no dia que acabou a energia no acampamento e antes de sairmos conferimos atrás da porta se o nosso caminho estava livre.

Querida, grande vida. #2 Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang