Corte De Flores E Fogo

◇ CAPÍTULO DEZENOVE ◇

Aviso ⚠️ cap. Grande. 🔥

Tomei um belo banho e fui procurar o que vestir... eu não fazia a mínima ideia do que usar.

Acho que agora é a hora que me arrependo de não ter reparado nas dicas de tia Mor.

Peguei um blusão que eu tinha levado pra usar durante a noite se fizesse frio.. teria que servir.

Fiz um feitiço nele.

Joguei um pouco de magia.. e o blusão se moldou a minha imaginação. Se transformou em um vestidinho solto, acima do joelho, em um tom de laranja quase vermelho. Ele era de alcinha com um bojo redondo, deixando em evidência meus seios. Uma fita de cetim passava pela cintura, formando um pequeno laço atrás. Tinha ficado.. meigo. E eu gostei do resultado.

Com a magia de meu pai, abri um dos bolsões de magia, e peguei um sapato que certa vez, tia Mor me emprestou. Era um par de sandalias douradas, com fitas que fazia voltas no meu tornozelo.

Minha tatuagem ficaria em evidência.
Eu poderia usar magia para cobri-la... não. Eu não iria cobri-la. Queria que todos vissem quem eu era. Entao deixei ali, aqueles circulos e voltas em minha perna branca se destacarem.

Estava terminando de tentar arrumar meu cabelo, quando ouvi batidas leves na porta. Levantei da penteadeira e caminhei ate a porta.

Era Eris. Ele usava uma calça branca, com uma camisa amarela, e um sobretudo dourado. A barba ruiva por fazer, estava em evidencia em seu rosto. Ele estava lindo.
Ele me olhou dos pés a cabeça, parando em meu rosto. Lhe dei um sorriso tímido.

- Você esta linda rheina.

- Uh.. obrigada, você tambem não esta nada mal.

- Bem, é minha roupa de grão senhor. gostou ? - ri entrando no quarto.

- Ah sim. Esta um grão senhor perfeitamente perfeito. Eu ja estava terminando, vou so pegar...

- Eu queria lhe dar algo antes - Eris me cortou- Um presente na verdade.

Pisquei incrédula. Virando pra ele.

- Eris, eu.. não precisa. Estou bem.

- Mas eu quero.... quero que você lembre de mim quando olhar pra ele.

- Se eu rejeitar você vai insistir mesmo assim não e ? - ele riu.

- E se o fizer, coloco em sua bolsa quando for embora..

Gargalhei rindo de sua idéia.

- Você é insistente.

- Você não sabe o quanto.

- Tudo bem.

Assenti esperando. Eris tirou de seu bolso uma pequena caixinha de veludo vermelha e veio até mim.

- Pode se virar por favor ?

Suspirando pesadamente, eu assenti.
Ele passou sua mão por meu pescoço, voltando e fechado algo na minha nuca.
Andei ate o espelho. Eris atras de mim.

Levantei a cabeça e olhei. Suas maos pousaram em meus ombros.
Uma gargantilha, uma corrente bem fininha adornava meu pescoço, era dourada. Na frente, o pingente pequeno e delicado pendia dela. Eu o toquei.

- Uma.. chama..

- Sim. E ela tem tantos significados que eu nem sei por onde começar... mas o que eu quero que saiba.. é que você foi a chama que se tornou uma luz em meio a escuridão que eu vivia rheina... e mesmo que você esteja somente sendo educada ou condescendente comigo... eu agradeço por sua companhia. Por sua... amizade.