Capítulo 63 - Seu maior pesadelo

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Endurecemos em alguns lugares, apodrecemos em outros, não amadurecemos nunca. Estava cansada de perguntas. As palavras se decompunham em minha cabeça: amor, entendimento, desacordo, eram ruídos despojados de sentido.

Saí rapidamente da mansão dos Salvatore, querendo reconectar comigo.

Estava cansada de desapontar pessoas, e a mim mesma. E estou certa de que falam de mim nas minhas costas. Eu acho que, frequentemente, por querer poupar demais as pessoas, só causamos prejuízo.

Eu somente quis ver se podia voar por minhas próprias asas.

Lembranças implacáveis. Como conseguira afastá-las, neutralizá-las? E desligar a humanidade é isso. Meu erro mais grave foi não compreender que o tempo passa.

Andando pelas ruas escuras de Mystic Falls, eu usava uma calça justa, uma regata, e um moletom com capuz, sem que ninguém perceba que eu estivesse lá.

Fui até minha casa ver o movimento. Mas eu não sentia nada. Completamente nada. Como isso é possível? Como vampiros conseguem desligar a humanidade? Não sei, só sei que é o meu refúgio.

- Gente

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- Gente...  - Stefan chega até a sala onde todos estavam eufórico. E todos o olharam. - A Anna... ela... desligou a humanidade.

- Como é? - Elena logo se arma. E se preocupa.

- Ela sumiu - Stefan finaliza.

- O que faremos? - Indaga Caroline

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- O que faremos? - Indaga Caroline. Não preciso de ninguém para me carregar.

- Achar ela - responde doce Elena.

- Depois ligar para os namorados dela, tomar conta. - Prossegue Damon.

E eles foram atrás de mim pela cidade. Nos lugares mais provável onde uma vampira sem humanidade estaria. Porém, a curiosidade podia ser uma poderosa fonte de distração, e eu não era boba nesse nível.

Devo reconhecer que no momento estou me sentindo muito à vontade.

- Ei, Matt, viu a Anna? - Elena pergunta ao garçom que trabalhava naquele bar superlotado de jovens. Até que não me parece uma má ideia, brincar com eles um pouco, e mostrar que eu não quero ser salva.

- Não. Está tudo bem? - Ele pergunta agoniado, por saber que eu não era mais a mesma, e sim uma vampira/fênix.

- Não! Se vir ela, me avise, e corre! - Ela o alertou.

Apareço na porta de entrada e vejo todos os olhares para mim. Era verdade que as trevas tinha me deixado mais atraente, e bem mais bonita. Tirei o moletom, meu buço e cabelos longos avermelhados chamavam toda atenção no lugar. Estou ansiosa para prosseguir com isso. O silêncio pairou de novo. Sem nada que me prendesse a outro lugar, eu precisava estar ali.

Passei por Stefan até o bar de bebida. Eles estavam abismados comigo e minha incrível capacidade de desconhecer.

Damon chega ao meu lado com intuito de me falar algo. E aí dele se ele vir com ironia;

- Posso? - Ele pede permissão para se juntar a mim.

- Já está aqui - Respondo sem o olhar, sem saco para vampiro irônico.

- Então, eu sei que você está na sua fase adolescente 'não perturbe'... - E antes que ele começasse um discurso barato, eu o cortei.

- Considere isso um aviso, qualquer morte hoje, será culpa de vocês, e vão estar na sua conta. - Ao lado dele eu me sentia esperta e cínica como o diabo.

Virei uma dose e sai de perto deles sabendo que todos eles tinham escutado.

- É

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- É... vamos ter que ligar para os originais. - Damon conclui ironicamente. É a primeira vez nesta história que eu tomo a iniciativa e ele pareceu desconcertado.

Caroline e Elena estavam em choque sem saber o que fazer. Mas eu estava de saco cheio de ser a queridinha quebrada, inofensiva. Eles tinham que ver quem era a Anna.

Era reconfortante saber que eu tinha caído e agora não tinha mais para onde descer. Eu ainda vou me divertir loucamente.

- O que faremos Damon? - Elena pergunta ao seu namorado me olhando de longe. Eu gostava de assistir às pessoas vivendo situações extremas.

Eu não sabia a diferença entre uísque e gim e nunca tinha bebido nada de que tivesse gostado de verdade, estava bebendo com alguns amigos que não sabiam de nada.

De longe, vejo um garoto me olhando com um sorriso sem vergonha no rosto. Lá estava eu outra vez, construindo a fantasia glamorosa de um homem que se apaixonaria por mim no instante em que me visse. Flertei com ele, e o mesmo estava adorando. Oba! Sangue fresco.

- Isso não é bom! - Diz Caroline percebendo tudo - Vamos até ela, antes que faça alguma besteira.

Cheguei perto do garoto para conversar, e a Caroline e Elena logo me interrompi.

- Não, não. Ele não vai ser seu brinquedinho hoje. - Caroline cruza os braços e me afronta. Quem ela pensa que é? Ela acha que consegue me parar? Solto uma risada irônica para elas.

- Eu cansei de bolsas de sangue. Prefiro uma coisa mais 'quente'. - Sorri implicando-as.

- Não mesmo, você não vai. - Caroline me impede novamente fazendo com que meus olhos ficassem verdes florescentes.

- Quero ver você me impedir. - Respondi já com uma certa irritação.

Elena a puxa, sabendo do que eu era capaz. Sou bem mais forte que um vampiro comum.

- Se uma de vocês tentar qualquer coisa para me trazer de volta, eu digo, qualquer coisa... - Olhei para trás quando passei por elas - Eu vou virar o seu maior pesadelo.

A última DuplicataWhere stories live. Discover now