A última Duplicata

Capítulo 34 - Um por um.

Ela faz com que sua cabeça queira explodir, com que todos seus sentidos somem, e toda a dor do seu corpo se expande;

- Desculpe, não estou de bom humor hoje.

- Como você sobreviveu? - Elijah gemia de dor ao falar - Eu vi ele te matar.

- Doía. Tudo doía. E não havia nada que eu pudesse fazer. - Ela fala com dor na alma - Mas ele se esqueceu de uma coisa... - ela da um pausa - Eu sou totalmente imortal.

- Eu tentei te ajudar.

Ela para com o feitiço que estava fazendo;

- Vou te curar do seu maior defeito. Sua devoção por essa família lunática.

- Você tem raiva de mim ? E agora quer vingança...

- Eu vou ter minha vingança, começando pelo Klaus. Ele conhecerá a dor e o tormento como nunca sentiu antes, a não ser que você escolha salva-lo. Mas ai eu teria que ir atrás da sua trágica irmã. Também pode salvá-la. Mas então a duplicata fica em perigo.- Ela brincava com as palavras na medida que ia falando.

- Não! Não..não. - Ele sentia dor.

- Ah, pobre garota ela não faz ideia do quanto é perigoso ser amada por você... ou vocês. - Ela o olha nos olhos - Mas tudo bem, você amará outra pessoa. - Ela o ameaça.

— Ela desaparece magicamente e cumprirá com suas palavras, de trazer dor em um por um.

|Quartel|

- Elijah, onde você estava? - Corro para os seus braços, e ele me abraça fortemente.

- Eu estou bem. Mas temos que matá-la.

Mais tarde nesse mesmo dia, eu estava passando na frente do quarto da Rebekah, e vejo o quão triste ela está;

- Posso entrar? - Ela assenti e eu me sento ao lado dela em sua cama - Tudo bem? - Ela precisava de alguém para desabafar, alguém que poderia ser sua amiga, sua família. Viver cercada de homem deve ter sido desagradável.

- Eu imagino que seja algo de família. Tudo que amamos, nós fazemos virar cinzas... Se há uma coisa que eu sei que é verdade, é que não importa quão grande é o seu império, ele não é nada, se você não tem ninguém para compartilhá-lo. - eu escutava seu desabafo sem dar opinião - Você tem sorte. Ser amada por Elijah, meu nobre irmão. E ser desejada por Niklaus - ela me olha com seus olhos lagrimejantes - Não adianta esconder, eu sei que ele gosta de você. Quero ter filhos com alguém que me ame o suficiente para ir na minha janela fazer uma estúpida serenata.

- Não importa o que você deseja, vá atrás com todas as suas forças.

Eu era péssima em conselhos. Sempre fui. As vezes, era melhor ficar sozinha do que escutar algo que não queremos.

Passando enfrente o quarto de Klaus, ele me chama;

- Anna - Dei meia volta e parei em sua porta. - Tem um minuto? - assenti - Estou vendo o quanto você está deslocada, se sentindo insuficiente. - Ele entrava na minha cabeça e parecia não querer sair.

- E porque está me falando isso? - Tinha um grande abismo entre nós, que eu não sei se seria capaz de fechar. - Não preciso da sua falsa pena.

Dou alguns passos e ele para em minha frente com sua velocidade anormal.

- É difícil pra mim admitir isso, mas nunca deixarei de me preocupar com você. Nunca deixarei de me importar. Você sempre vai significar muito para mim... - Ele segurou meu rosto com as mãos, e eu olhei bem fundo em seus olhos.

- A pessoa que vive dominada pelos medos não encontra liberdade no amor - Tirei suas mãos de meu rosto - Com licença - Fugi como um cão assustado.

— Cada vez que ele voltava, se desculpando, arrependido, ele começava a ser muito legal. Mas ele era tão imprevisível quanto a chuva. É bom para a alma deixar que as águas rolem de vez em quando, as águas que curam.