1. plans

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A mente.... a mente pode ser a inimiga mais tortuosa de qualquer ser humano. Pequenos estresses aqui e ali e nossa mente já faz uma tempestade em copo d'água, nos colocando em profundos sentimentos que nem mesmo nós conseguimos distinguir.

Era assim que Rebecca Armstrong García matava seus oponentes, usava a própria mente de cada um contra eles mesmos para que entrassem em profundo desespero e acabassem com suas própria vidas, pois foi assim que a mesma perdera sua família, anos antes de se tornar essa impiedosa assassina.

Pelo contrário do que muitos pensariam, Rebecca não acaba com inocentes por simples prazer, e sim faz pagar aqueles que um dia lhe trouxeram a dor quando tão jovem.

— Corre, eles estão logo atrás de você! - exclamou uma voz feminina através do aparelho auditivo que Rebecca usava.

— Estou indo o mais rápido que posso, se acalma aí.

Rebecca havia acabado de dar fim a mais uma vítima, chegando cada vez mais perto de acabar com todos eles. Mas claro, não era fácil cometer mortes tão cruéis sem ser vista, tudo era muito bem planejado. Porém justo hoje a morena estava com a mente avulsa, deixando sem querer um rastro que fez com que a policia estadual conseguisse lhe perseguir pela primeira vez em anos.

Percorrendo a quase 100 km por hora, Rebecca conseguiu despistar a policia minutos antes de adentrar em um galpão localizado nos estornos de DeadWood, onde ficava um de seus esconderijos.

Saindo do carro viu a mulher que segundos atrás se comunicava com ela, encostada em um dos balcões que havia perto do mini bar daquele esconderijo velho, oferecendo a garota um copo com whisky.

— Você quase foi pega - a mulher indagou, levantando uma de suas sobrancelhas em desaprovação.

— Eu nunca serei pega, Nam. Até porque temos tudo sobre controle, certo?

A morena de cabelos longos pouco mais baixa perguntou a sua amiga, que assentiu veemente. Tiveram uma conversa sobre a vitima, como tudo ocorreu e o porquê de Rebecca ter vacilado tanto a ponto de deixar a policia estadual quase chegar ao seu rabo.

— Vou me entregar - Becky disse como quem não quisesse nada, tomando um gole de seu whisky, recebendo o olhar de Nam sobre si.

— Como é? Ficou doida ou que? Vai acabar com sua vida, com nossas vidas. Esqueceu que temos um propósito aqui? Fazer pagarem aqueles que te machucaram e machucam outros inocentes por ai.

— Calma Nam, está processando as coisas errado, isso será parte de um plano. Veja, preste atenção - Rebecca disse pegando o celular e mostrando o noticiário que saiu há uma hora atrás.

— Eles tem uma foto da minha sombra e da placa de um dos carros, em pouco tempo eles vão nos encontrar, então pensei em um plano enquanto fugia. - fez uma leve pausa antes de continuar, formulando as ideias em sua cabeça - Nós vivemos nossas vidas normalmente, apesar dessa parte turbulenta que temos pelas noites. Mas, se você me entregar, vou ser dada como pega e os casos de homicídios ocorridos pela cidade serão dados como solucionados, e logo não vão ter mais por quem procurar. Você continuaria com sua suposta liberdade, viveria sua vida, mas na verdade só iremos prosseguir com o plano a espreita, terminando o que começamos sem ninguém para atrapalhar. - Terminou, encarando a mulher que ainda analisava a situação.

— Ok, e como faremos isso?

— Simples. Amanhã de manhã você ligará para a policia dizendo que me viu entrando em um dos pequenos prédios da rua perto das montanhas, então provavelmente eles irão rondar o prédio com suas viaturas e seus melhores policiais. Eu irei aparecer em uma das janelas como forma de ameaça para eles não acharem que esta mentindo, e então boom, o prédio ira explodir.

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