17 - diante da rubra angra

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Nunca, em momento algum, nós enfatizamos o quão vasto é o universo se não o fizer enquanto nos tratam feito um soldado desconhecido.
Essa frase pode não parecer ter um sentido ao exato, mas ela reflete muito bem algo que aqui podemos ver, podemos sentir.
Bem lembramos que para ter acesso as demais salas depois da ponte que, agora destruída, se precisa entrar em algumas salas. Diante de algumas destruições quase sem sentido algum e com base numa fúria inominável, encontramos ele, Guyan, que após explodir quase metade das passagens de acesso ao enigma de salas, se depara com algo terrível para o mesmo.

A sua sombra ia fazendo um certo volume de ausência de luz, a sua sombra ia cobrindo um caixão, um desses de cristal onde repousavam os capturados de Zahder.
A imagem coberta pela sombra do guerreiro, era a de sua mãe, a imperatriz de Kalithos: Wanessa Krat, a esposa de Sean Jordan Krat.
- ma...mãe... - ele não chorava, não, mal conseguia respirar.

Olhou para o alto, e sentiu algo que não havia sentido antes em toda a sua vida, era algo que ardia seus olhos, que emaranhados, deixavam escapar gotas como se sua alma estivesse sangrando.
Não precisou olhar para o lado enquanto sentia o gosto salgado das lágrimas, para notar que bem ali, também jazia seu pai, Sean.
O príncipe não pode ficar de pé, se ajoelhou.
Se ajoelhou como se a partir deste exato instante, se tornasse cada vez mais humano, ele sentia um pulsar irregular em seu coração, mas não sabia se era medo, tristeza, abandono ou desespero.
A luz da lua iluminava muito forte o local, que ia ascendendo tochas ao redor com uma energia que vinha misteriosamente de uma fonte local, ali se mostrava uma sala grande, com quadros vazios, sem imagem alguma neles.

O piso era xadrez, preto e branco; um desenho de um falso céu de nuvens em relevo no teto; as paredes em azul-escuro davam uma sensação de uma eterna noite, como se pedissem para que acolhessem quem ali estivesse procurando a sua metade em vida, e que esta, foi apenas compensada com a jazida vazia de um último adeus em seu mundo de tato.

Guyan de frente para os caixões de seus pais, e logo atrás dele, o restante de todo o reino de Kalithos.
O império da família Krat agora é apenas uma triste lenda que um dia, cantou sua glória para com a defesa e representação de valores comerciais e de honra para Gigas.

Você cresceu, olha como está o meu menino...- dizia uma voz serena e aveludada.
Guyan sentia seu ombro ser tocado, mas de cabeça baixa, via apenas o seus joelhos, dobrados, demonstrando toda a realidade de um guerreiro em campo de guerra, o que todos estão expostos ao empunharem uma espada.

Essa face, levante ela Guyan! Nosso herdeiro é um lutador, este onde os sinos da morte não criam um hino, apenas uma bela canção!

Essa outra, era uma voz mais firme, em um tom mais alto.

Sabe querido, não importa o quanto esteja em dúvida, o seu coração precisa seguir um único caminho para que você possa dizer que um dia, lutou verdadeiramente, lutou por aquilo que faz sentido em sua jornada, e acho que você sabe do que falo. - termina a voz doce.

- mãe, eu amo você!

Guyan, escute, você tem nosso sangue para criar a diferença do que nossos ancestrais fizeram nas eras anteriores, e saiba que não estamos perdidos na história, a luz, a luz pode ser feita por um coração nobre uma vez que recusa as sombras, o seu coração permanece em total imersão, e você precisa despertar isso em você, eu te amo meu filho amado - finalizava a voz firme de tom mais alto.

- obrigado meu pai!

Guyan sentia outra mão em seu ombro, e podia por uma última vez além de ouvir, sentir que sua família esteve com ele ao menos uma última vez, o amando, o abençoando como herdeiro.

"Um coração de ouro é feito pelo calor de almas que cultivam o amor, alguém que luta pela razão de justiça, cultiva o amor e sempre o fará"

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