11 - o cristal narrado no papiro de almas

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Os corredores do local por onde passavam eram conservados e limpos, se comparados com a entrada.
Weisel estava quieto, mal respirava para andar, parecia que seu corpo se movia automaticamente, como se seguisse algum tipo de instinto desconhecido até mesmo pelo próprio.

Os sons da luta anterior foram todos extinguidos, ninguém escutava mais nada, absolutamente mais nada mesmo... Yeud tocou na arquitetura das paredes como se quisesse encontrar algo, que claro, falhou no caso, ali nada de novo encontrou.

Hilt tirou um tipo de localizador do bolso e apontou para o teto, olhou para trás onde avistava apenas o general Noglan também averiguando o local.

As paredes eram acinzentadas, tinham tonalidades bem escuras misturado com azul, alguns símbolos quase impossíveis de se ler estavam escritos nas paredes, esses possuiam relevo, eram de cor roxa e pareciam brilhar nas sombras como se acendessem a cada um que passasse por perto deles.

O aparelho de Hilt era uma espécie de "medidor" terreno, onde segundo uma aparição na tela do aparelho, dizia que estavam a mais de 70 metros abaixo do solo, o que era de se estranhar muito, pois ninguém ali estava com dificuldades para respirar, era como se alguém quisesse mantê-los vivos até certo ponto.

Foi quando o corredor terminouem uma porta prateada com o desenho de um "Y" e um "Z" um em cima do outro, que ia baixando conforme Weisel e os outros passavam.

Para surpresa de todos, o lugar dava em um tipo de coliseu, onde a platéia estava completamente vazia, o local tinha alguns pilares caídos e estava meio empoeirado, havia uma espécie de "céu dourado" formado pelo teto, e uma voz surgia um pouco mais adiante:

- VIVOS! é surpreendente, mas é aqui, que a lápide de cada um será construída! - dizia alguém com muita firmeza.

Diantes deles, estava parado um esgrimista, mas não um qualquer. Esse tinha sua veste branca mas com cotoveleiras de cristais dourados, um cinturão pequeno em volta da cintura também tinha essa cor e textura; Luvas cinzas de cor metalica e botas onde a proteção do joelho se interligava ao restante que pareciam ser feitas de bronze; usava uma máscara de esgrima mas diferente, essa deixava a respiração do mesmo suave, o que facilitava a audição de sua voz intimidadora, era feita de um material claro, onde cobria todo seu rosto em um formato meio aredondado; ele segurava uma espada de esgrima em cada uma das mãos, com cabo dourado e lâmina branca.

- mais um palhaço! Me leve até o meu mestre agora mesmo! - gritou Weisel já levantando a guarda.

- abaixe os punhos meu jovem, eu não tenho permissão alguma de lutar contra oponentes desarmados, este é o meu código de conduta para batalha. - disse o esgrimista olhando firme para Weisel; por nuances de sombras, notáva-se seus olhos por baixo da máscara.

- "Mas que estranho...por quê alguém que quer me matar...utilizaria algum tipo de código de conduta desse jeito?" - pensou Weisel.

- não seja por isso, abaixe esses brinquedinhos ou eu deixo você igual um queijo suíço! - ordenou o detetive Hilt apontando sua magnum na direção da cabeça do esgrimista.

- não sinto nenhum tipo de energia righen vindo de você...muito raro humanos que escondem as suas ou que são burros o suficiente para vir se aventurar onde não devem... - responde o estranho, emanando uma atmosfera de combate assustadora.

- essa aurea... Por acaso pensa em lutar contra todos nós? - perguntou Yeud, encarando o ser.

- meu dever aqui é duelar de forma justa e causar suas mortes de forma indolor, sou veloz o suficiente para isso, a propósito... - o guerreiro finca a espada da mão esquerda no chão, suas espadas não tinham a famosa proteção do esporte esgrima nas pontas. Em seguida, mostra na própria mão a arma de Hilt, que foi esmigalhada em vários pedaços.

Crowd HonorWhere stories live. Discover now