CAPÍTULO XXIII

768 109 20
                                    

Os bandidos me vigiavam atentamente, eu tentava discretamente me soltar das amarras, eles não haviam dado um bom nó.

XXX: Chefe está demorando!-diz um.

XXX: Será que foi pego?- questiona outro.

XXX: Logo ele chega!

Eles se calam.

Minutos depois um homem surge em cima do telhado de uma das casas.

XXX: Estou de volta!-diz do alto e vitorioso.

Ele estava numa pose imponente com dois peixes ema mão. Sua pose não durou muito pois com um passo em falso ele se esborracha no chão. Ele se levanta rapidamente como se nada tivesse acontecido. Eu começo a rir da situação.

XXX: Quem é essa ?-o chefe encara.

XXX: Pegamos essa yokai andando no nosso território!

XXX: O que vamos fazer chefe?

Akemi: Idiotas! Eu não sou um yokai!

Eles me rodeiam me analisando e então se afastam e começam a cochichar algo, nesse tempo me solto e pego meu arco que eles haviam deixado perto e vou saindo de fininho.

XXX: EI!- um grito.

Me viro e uma flecha estava vindo em minha direção mas...ela passa a mais de um metro longe de mim. Cheguei a conclusão que eram um grupo de idiotas que nem sabiam o que estavam fazendo. Preparo meu arco. Ele riem. Atiro uma flecha a fazendo se fincar quase colada no pé do arqueiro do grupo, apenas para intimidar e me deixarem em paz. Eles se encaram e então...

XXX: Por favor! Não nos mate!-cai de joelhos.

XXX: A gente nem é mal de verdade!

XXX: Somos só quatro coverdes!

XXX: Nem sabemos nos virar sozinhos!-diz o chefe.

Eu não sabia se ria ou se sentia pena.

Akemi: Eu não vou matar vocês!-encaro e abaixo a guarda.

Eles soltam um ar aliviados.

XXX: Então o que você faz aqui?-pergunta o chefe- Andando sozinha assim.

Conto minha história para eles e eles contam as suas.
O chefe se chamava Ren, Kazumi era o arqueiro, Yoshiaki parecia ser o caçula e sempre puxava saco de Ren e Hidetaka, ele era o mais desastrado de todos.
Eles eram jovens, Ren o mais velho tinha 25 anos, Yoshiaki o mais novo tinha 15, Kazumi e Hidetaka 18. Eles fugiram da vila que moravam para não lutar nas guerras. Ren disse que não valia a pena perder a vida por um senhor feudau, eles fazem suas guerras e mando peões para o campo de batalha se matarem enquanto se esconde nas muralhas de seus castelos, vidas são perdidas e nem ao menos sabem o porque de estarem se matando.

Ren: Quero morrer por algo que amo e não uma causa patética de um superior!- concluiu.

Akemi: Até que faz sentido.

Eles assam os dois peixes que Ren haviam pescado e dividem entre si.
Era tudo que eles teriam no dia. Eles trabalhavam em plantações na sua vila e não sabiam caçar muito bem. Vendo aquilo não pude deixar de dividir a comida que tinha comigo.

Kazumi: Akemi, vai para o norte?-encara.

Assim que contei minha história eles me informaram que a vila havia sido abandonada a anos, os moradores haviam migrado e construído uma nova vila ao norte a 5 dias de viagem.

Akemi: Sim.-me levanto- Tenho que me apressar.

Ren: Vamos acompanha-la, é perigoso uma moça andar sozinha por ia! Vamos protege-la. Considere um agradecimento pela ótima comida.

Uma história nunca contada (InuYasha)Where stories live. Discover now