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O tempo passou a voar e sem nos apercebermos já tinha chegado a hora de irmos até a Tenda do Tempo. Fomos os quatro até lá a ouvir a Rose e o Adler a discutir sobre qual dos doces eram melhores, pipocas ou algodão doce. Realmente eles não tinham nada para fazer da vida...

Acabamos por encontrar o Christian já há nossa espera na entrada da tenda. Será que ele esteve no parque de diversões este tempo todo?

- Christian! Já estava com saudades nossas, não? - perguntou animado o Adler. Parece que já não lhe doía a barriga depois de ter vomitado.

- Pois claro... então divertiram-se? - perguntou o treinador e todos nós acenamos que sim com as cabeças. Até parecíamos crianças. - Ótimo. Bem, a diversão acabou. Espero que estejam preparados para o treino de hoje! Senhoras primeiro.

Eu e a Rose entramos em primeiro na tenda, logo com os três rapazes atrás de nós.

Haviam várias cortinas roxas e douradas à nossa volta, uma mesa com uma bola de cristal no centro e com um baralho de cartas ao lado, vários artefactos antigos e espirituais nas prateleiras, estantes de livros velhos, alguns crânios de decoração é um quadro com um pentagrama desenho a cor roxa.

- Nada assustadora esta tenda... - disse ironicamente o Dylan enquanto todos nós observávamos tudo.

- Era suposto estar aqui alguém? - perguntou o Adler já impaciente. Parecia que ele estava mesmo entusiasmado com o que íamos fazer. Eu não vou mentir, eu também estava, mas sentia um frio na barriga como se algo de mal fosse acontecer.

- Tem calma rapaz, a Madame Agatha já deve aparecer. - o Christian acalmou-o e o Adler apenas suspirou e continuou a ver a decoração.

Eu estava parada, ao contrário dos outros, a olhar com mais cuidado. Eu sentia uma energia estranha aqui. Como se não fôssemos os únicos na sala.

- Mas eu estive sempre aqui... - uma voz rouca ouviu-se o que nos fez virar a cabeça para onde ela veio.

Detrás dumas cortinas roxas saiu uma mulher idosa de cabelos grisalhos com as pontas negras. Tinha uma tiara com diamantes pretos no cabelo comprido e um vestido longo roxo com um casaco dourado pelas costas. Os seus olhos eram cinzas escuros, ao constrói dos olhos claros do Adler.

- Meu deus das Árvores! - gritou a Rose assustada. Logo se afastou, escondendo-se atrás do Christian.

- A que devo a presença destes quatro jovens? - perguntou de novo a mulher sinistra que eu já tinha percebido ser a tal Madame Agatha.

- Madame Agatha... - pegou na sua mão e deu-lhe um beijo. Eu não me acredito que o Christian a mesmo isso. - ...o meu nome é Christian e estes jovens são os futuros reis elementares. Eles vieram aqui para testar as Cartas do Futuro.

Cartas do Futuro? Mas que raio é isso? A senhora olhou para todos nós com um olhar duro, mas penetrante. Parecia que estava a tentar encontrar todas as nossas imperfeições apenas com um olhar vazio e sem sentimentos.

- Tem a certeza disso? - olhou de novo para nós. - Não quero nenhuma criança a chorar na minha tenda. - aí mas esta idosa já está a abusar da sua sorte! - Bem, já que é assim. Sentem-se.

Disse quando nenhum de nós lhe respondeu. Pelo silêncio do Christian, que não era habitual, eu sabia que ele queria mesmo experimentar este método de treino. Mas porque é que ele estava tão empenhado nisto? Porque é que ele queria tanto saber o nosso futuro quando o mesmo é incerto?

A Madame Agatha estendeu as cartas, com detalhes a dourado, pela mesa numa forma de meia lua.

- Está na hora de destruir futuros. - disse calmamente como se não fosse nada. - Um por um, vão passar a palma da vossa mão por todas estas cartas, duas vezes. Na primeira vez, vão subir três cartas que iram representar a vossa personalidade. Na segunda vez, iram subir mais três em que a primeira irá ser sobre o vosso passado, a segunda sobre o presente e a terceira sobre o futuro. Entendido?

𝐎𝐬 𝐄𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝟐Onde histórias criam vida. Descubra agora