arrependimento.

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Jungkook.

Segurei a mão de Taehyung, observando o médico com uma expressão preocupada, merda esse garoto tem um puta azar! Quando isso tudo acabar vou levar ele para se benzer.

- senhores... Alfas, acho que isso deve ser uma conversa em particular, esperem lá fora. - ele disse e eu não me movi, mas vi meu irmão se inclinar e beijar o rosto do ômega que tinha o rosto confuso.

Rosnei apertando a mão dele protetoramente, fiz minha melhor cara de cachorro abandonado tentando convencer o médico que só apontou para porta, bruto. Caminhei em passos firmes para o corredor, vendo Hoseok sentado ao lado da mãe de Taehyung. O pai dele? Não estava, veio apenas avisar que se ele morresse o projeto seguiria.

Observei pela janela não escutando nada, fiquei ao lado de Jeongguk abraçando seus ombros. Mesmo que eu ainda estivesse com raiva dele, nos somos irmãos e estamos apaixonados pelo mesmo ômega. Após algum tempo, senti uma sensação ruim se apossar do meu corpo, meu lobo choramingava. Vi a porta ser aberta e entrei não ouvindo uma palavra sequer do médico.

Avistei o rosto do Kim, molhado e vermelho. Me aproximei abraçando o corpo pequeno, podendo escutar soluços e então intensifiquei meu cheiro, sentindo o de cacau ficar mais forte também.

– conta pra gente, meu bem... O que houve? Ele tentou te machucar? - acariciei as mãos vendo Jeongguk beijar a bochecha molhada dele, tentando acalma-lo.

– eu... Estava grávido... Do Bogum. - ele soluçou em meio as palavras, franzi as sobrancelhas.

– então...?

– sim, eu perdi o bebê. O médico me contou que eu estava de oito semanas mas eu também acabei de descobrir que estou com câncer no útero, por isso o aborto instantâneo... - ele soluçou se encolhendo, eu e meu irmão travados por um instante. Se o ômega estivesse correndo algum tipo de risco, eu faria de tudo para mudar essas possibilidades.

– Tae... Vai ficar tudo bem, sim? Eu e o meu irmão vamos cuidar de você. - o Jeon caçula sussurrou, tentando reconfortar ele.

Me levantei e beijei seus lábios indo para fora da sala, procurando o médico que havia atendido o meu ômega, corri sentindo vontade de chorar. Porra, se algo acontecer... eu nunca vou me perdoar.

Avistei o homem no jaleco branco e então dei um cutucão nele, ofegante.

– nós precisamos conversar.

– ah, sim! - ele me puxou até o refeitório se sentando numa das mesas, fiquei a sua frente.

– ele vai ter que fazer uma cirurgia, né? Quanto eu preciso te pagar para que os riscos sejam diminuídos e vocês usem sua melhor equipe? Eu só quero que o meu namorado fique bem...

– não tem que pagar nada, a cirurgia não tem tanto risco quando o câncer e a depressão que esse menino pode ter. Só cuide dele quando o procedimento acabar, sim? Da para ver que você realmente o ama, mas não tente bajular um médico que não trabalha para particular.

Ele saiu andando, me deixou plantado, pensando no meu ômega e nos nossos filhos que não vão nascer.

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E aí? Foi como vocês imaginaram? Pensei muito sobre doenças e também pesquisei, e me lembrei, tristemente que a minha mãe tinha um tumor mortal no útero. Felizmente, ela está viva e a cirurgia foi um sucesso, então não fiquem com medo do Tae se dar mal, ok? Mais uns capítulos e todo mundo vai ser feliz. Não esqueçam de dar estrelhinha, sim? Boa noite.

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