› she got lost in herself

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No final das contas, Harry havia meio que cedido apenas porque Martha chegou de onde quer que estava e trouxe alguns lanchinhos da cozinha com seu sorriso amável de senhora na casa dos cinquenta. Então, bem, lá estavam eles de frente um para o outro tentando agir como se não estivessem no meio de uma briga sobre foder e não foder menos de dez minutos antes apenas porque Martha estava sentada do lado do ômega, sorrindo gentil para ambos.

- É muito bom ver que você está namorando, docinho - a senhora falou ao dar batidinhas no joelho do ômega. - Ele é bonito.

- Eu não...

- Obrigado - Louis sorriu do outro sofá, o tipo de sorriso que faria qualquer pessoa se derreter. Qualquer um menos Harry porque ele... porra. - Tenho certeza de que se não estivesse comprometido, definitivamente me apaixonaria pela senhora.

- Bobinho - Martha riu baixinho e Harry quis jogar sua xícara de chá na cabeça do alfa. - Haz faz muito mais o seu tipo, pessoas bonitas devem ficar com pessoas ainda mais bonitas.

- Haz...?

- As pessoas me chamam assim aqui, imbecil - Harry ignorou o olhar de reprovação da senhora ao seu lado.

- Oh - sorriu largo. - Harold soa melhor para mim.

- Foda-se - praticamente cuspiu. - Esse não é o meu nome.

Martha lhe enviou um olhar repreensivo com o qual ele não se importou nem um pouco já que se sentia completamente irritado porque, veja bem, sua cueca estava incomodando. Ondas de calor atingiam seu estômago regurlamente e Tomlinson parecia estar se divertindo o suficiente com toda a situação, o que era a porra de um ultraje de considerasse a situação em suas calças minutos antes.

Depois do que pareceu horas de desgaste emocional, Martha finalmente se retirou e levou consigo a bandeja quase intocada porque ninguém parecia estar com muito apetite. O silêncio do cômodo era constrangedor e Harry sentia duas bochechas arderem em chamas porque, tipo, praticamente todo o tesão do momento já havia desaparecido àquela altura e, depois de rever suas ações, o ômega só queria desaparecer dentro de si mesmo ou ser engolido pelo sofá, qualquer uma das alternativas lhe pareciam boa o suficiente. Qualquer coisa para que não tivesse que estar sob o olhar penetrante e ridiculamente calmo de Louis Tomlinson.

Aghr, Harry as vezes o odiava mais do que qualquer outra coisa no universo.

- Acha que podemos ter uma conversa civilizada agora? - o alfa falou depois de um tempo.

- Acho que está na hora de você ir embora.

- É, provavelmente está sim.

Tomlinson se levantou e, por meros segundos, o ômega se sentiu aliviado. No entanto, como se já não fosse o bastante toda a merda de situação, Louis se sentou ao seu lado como se fossem velhos amigos e não dois idiotas fodidos com o pau na testa um pelo outro.

- Mas não vou - concluiu com um sorrisinho meio debochado. - Não até resolvermos todas as nossas merdas.

- Não tem o que resolver - torceu o nariz incomodado com o cheiro do alfa e com a confusão que sua presença tão próxima era capaz de fazer dentro de si. - Basta você parar de surgir absolutamente do nada na minha vida.

- Achei que tínhamos um acordo, você sabe, sobre seus cio.

Harry encarou o alfa como se ele tivesse três cabeças porque, tipo, ele não poderia estar sendo sério. Como ele esperava que a porra daquele acordo idiota ainda estivesse de pé quando eles mal conseguiam ficar com as mãos longe um do outro? Como ele esperava que Harry ainda concordasse em passar o cio com ele quando tudo o que o ômega queria ser a porra do nó dele no próprio cu?

ALPHA DELIVERY // larry stylinsonWhere stories live. Discover now