Herdeira de uma Vingança-Depois da verdade

É...vai dar tudo certo

 Por algum motivo que não conseguimos, ainda, descobrir, o leilão foi adiado para daqui algumas semanas, o que significa que poderei acompanhá-los para cidade de Las Vegas, infelizmente não para o evento. Como não sabíamos que seria adiado, colocamos apenas os nomes dos rapazes e de Sina na lista. Mesmo sabendo que não teria como eu ir, isso não me impediu de tentar, o que foi em vão, mas só de estar por perto me traz um alívio, tem hora que eles não pensam muito com a cabeça.

Krystian de qualquer forma já iria, mas agora seus planos mudaram um pouco, alguma coisa está acontecendo com sua boate, e ele precisa verificar, e eu e Jojo vamos para manter a cabeça dos rapazes na razão. Eu quase pulei de emoção quando fui no hospital hoje e disseram que minha vida já poderia voltar ao normal. O que significa voltar a ativa nas atividades da máfia, meus treinos, SC, resumindo minha vida de volta.

-Será que eles não cansam desses jantares em família?-perguntou Noah saindo do carro e sai também.-Por que Deus, por que adiantaram essa missão?-pergunta olhando para o céu a espera de uma resposta, dou um tapão na sua nuca e ele me olha muito feio, fiquei com medo, afinal eu estava bem agora, mas ele nunca levantaria a mão pra mim, mas na brincadeira ele arrumaria outra forma de retribuir e ele joga sujo.

-Pensa assim, quanto mais rápido comermos já vamos embora.-disse mas não obtive resposta, entramos no elevador sem nenhuma palavra ser dita.

Depois da nossa primeira pauta sobre a casa em que eles morariam depois que se casassem, quando anunciaram o casório, eles procuraram vários apartamentos, chegaram a morarem em um ou outro, mas decidiram comprar um apartamento no centro menos movimentado da cidade, para quando eles estivessem na cidade, o desejo dos dois agora eram viajar por ao redor do mundo, conhecer lugares juntos.

-Any, você veio.-disse Marco quando nos atendeu, me dando um abraço que retribui.

-E Noah é esquecido no churrasco.-disse Jae com os braços cruzados e um bico enorme no rosto.

-Não diz isso meu filho eu também senti sua falta.-disse abraçando o filho imobilizando seus braços.-Por que está com essa cara emburrada?

-Eu acabei dando um tapinha nele, e ele tá assim.-respondi como se fosse nada.

-Tapinha?-quase gritou.-Quase quebrou meu pescoço aquilo.-disse fazendo um drama.

-Nem doeu.-disse entrando na casa.

-Nem doeu.-diz ele me remedando, tinha horas que mais parecíamos duas crianças de cinco anos brigando.

-Cadê minha mãe?-perguntei quando não a vi vindo até nos.

-Está no quarto resolvendo algum assunto dela, daqui a pouco ela desce.-Marco me respondeu, estranhei um pouco quais assuntos minha mãe teria de resolver? Deixei isso pra lá e entrei em um assunto com Marco que perguntou como estava indo os negócios.

Ele estava muito feliz que estamos unidos fazendo o que ele e Isaac fazia, os dois eram muito próximos principalmente nos últimos meses antes da sua morte, então eu acho que ele fica muito feliz que eu e Jae estejamos juntos lidando com tudo, tanto por sempre sermos melhores amigos e também por sermos irmãos.

-Meninos.-disse minha mãe descendo as escadas.-Como vocês estão?-disse dando um beijo na bochecha de Noah e na minha.

-Eu estou com uma dorzinha no pescoço mas nada muito sério.-disse e me lançou um olhar.

-Eu estou perfeitamente bem, e a senhora? Como está sendo suas viagens?-entramos no assunto de viagens, e contei como havia sido minhas "férias", omitindo detalhes obviamente, não estava muito confortável ainda quando voltei para conversar com ela, mas ela é minha mãe e papai estar morto, ela tem o direito de ser feliz, certo? Mesmo que seja com Marco, ou qualquer pessoa que seja.

O almoço foi tranquilo, conversamos e rimos como uma família feliz, dava para ver nos olhos de Noah que ele não estava totalmente confortável com todo o ambiente familiar, e mesmo com suas desavenças com o pai eu sei que ele também pensa como eu, querendo apenas a felicidade do pai.

A coisa que mais ansiava nesse mundo, era a felicidade da minha mãe, do meu irmão e dos meus amigos, já que a minha estava longe de acontecer no quesito amoroso. Não se por obra do destino mas a felicidade da minha mãe dependia do meu pai biológico, e se era assim que ela desejava eu ficaria feliz pelos dois.

Ver meus amigos felizes era gratificante, eu me preocupo com eles, Sofya principalmente trabalhar com minha cunhada fez eu criar um laço muito grande por ela, desde do dia que ela ficou com ciúmes de mim com Noah no hospital que conhecemos, eu sabia que seriamos amigas.

Assim que o almoço acabou eu pedi para todas as meninas irem para minha casa, seria hoje que contaria para elas sobre tudo, será uma conversa difícil, mas espero do fundo do meu coração que elas entendam numa boa. Heyoon e Savannah sei que será mais difícil, elas tem uma politica contra criminosos muito porte, e querendo ou não eu sou uma, Noah, Joalin e Krystian. Quem não sei o que vai achar é Shivani, estou no escuro quando a ela.

Eu acredito que Hina tenha aceitado mais fácil pelo fato de Krystian tela salvado de um trauma, e Sofya por amar meu irmão, o amor faz coisas, e também não desacredito que Hina sinta algo por Krystian. Ele gosta dela, está apaixonado, e os olhares de Hina, sua preocupação sempre que ele saia da porta do casarão deixando-a sem saber se voltaria vivo, essas coisas são o amor, o medo de perder alguém que ama.

Quando cheguei de frente de casa vi os carros das meninas, o de Sofya, Joalin, e Savannah, provavelmente Shivani veio com Sofya e Hina com Krystian. Heyoon não tem carro portanto deve ter vindo ou com as meninas ou de táxi. Respiro fundo.

-Vai dar tudo certo.-diz Noah do meu lado pega minha mão e aperta passando coragem imagino eu, coisa que nunca pensei que precisaria para ter uma conversa.

-É...vai dar tudo certo.-o respondo, mas minha frase sairá da minha boca para mim, não para ele, eu repetia esse mantra na minha mente para que se tornasse verdade.

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