➵ 49 | agora e para sempre

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Josh Beauchamp

2 meses depois...

Era a última mala de roupas daquele closet. Depois de muito tempo e muito cuidado, eu finalmente doei todas as coisas que foram de Taylor e mais nada naquela casa tinha algum rastro dela. Somente a aliança – que eu custei a retirar do meu dedo – permanecia comigo, como o pingente de um colar que eu até pretendia usar, mas acabei por desistir. Minha aliança agora era com outra pessoa.

Minha primeira esposa foi importante e me mostrou que eu não seria forte o tempo todo e que existiam sim coisas que poderiam me derrubar. Taylor me ensinou a conhecer e aceitar as minhas fraquezas. Eu a amei tanto a ponto de achar que jamais amaria de novo e mais uma vez aprendi que estava errado. Eu fui tão capaz de amar novamente que dessa vez sentia que nunca senti algo tão forte antes. Amar Any era como amar sem temer e eu gostava de não sentir medo desse amor.

— Podemos ir? — Joalin apareceu na porta do quarto.

— Sim. — peguei a mala e dei uma última olhada em volta. Era nossa última vez naquela casa. — Acha que vai se adaptar ao apartamento?

— Eu enrolei muito pra tomar a decisão de morar lá. Acho que só adiei porque não queria morar sozinha, mas agora eu tenho um bom colega de quarto. — sorriu.

— E quando o Bailey volta?

— A pré estreia do livro dele em Washington acaba um dia antes do seu casamento, então ele vai estar aqui semana que vem.

— Ótimo.

— As coisas aconteceram tão rápido. — ela caminhou até mim, o barulho dos seus passos fazendo eco no quarto vazio. — Você e Any já vão estar casados em poucos dias.

— E eu não vejo a hora.

— Posso imaginar. — sorriu. — Apesar das tragédias, eu gostava dessa casa. Foi aqui que vemos a Sofya crescer. — soltou um suspiro.

— Eu não gostava nenhum pouco. — ri sem humor. — Parecia muito sufocante.

— Eu entendo. — apoiou a mão em meu ombro. — De qualquer forma, agora não temos mais que nos preocupar com a energia pesada do ambiente.

— Você está passando muito tempo com a Any. — comentei a fazendo rir. — Agora vamos deixar o próximo dono lidar com os fantasmas.

Jô assentiu e enroscou seu braço ao meu. Saímos do quarto e fomos até o andar de baixo onde os últimos móveis haviam sido desmontados e estavam sendo carregados para fora, até o caminhão de mudanças.

Tranquei a porta da frente e entreguei as chaves ao agente imobiliário que cuidaria da venda. Agora eu só precisava dirigir até a minha nova casa, que eu apenas comecei a decorar há um mês, depois que Any se sentiu recuperada o suficiente de seu luto. Eu, ela e Sofya estávamos fazendo um ótimo trabalho com a decoração.

Guardei meu carro na garagem e dei a volta até a entrada. O sino dos ventos que Any havia pendurado na entrada balançou assim que eu pisei na varanda. Ela disse que sempre que ouvíssemos o barulho dele, significava que boas energias estavam sendo atraídas. Sorri comigo mesmo e segui até entrar no hall.

Quadros pintados por Any decoravam as paredes. Agora ela não se limitava apenas às mandalas, mas também pintava galáxias e paisagens naturais. Além dos quadros, alguns potes ciganos haviam sido colocados nos aparadores, ao lado dos porta-retratos. Por mais que eu não acreditasse tanto nessas coisas, era bom tornar o nosso lar um ambiente confortável para todos. Não me faria nenhum mal manter esse amuletos pela casa e Any se sentia protegida com eles.

Doce Amargo(Adaptação)Where stories live. Discover now