➵ 08 | raio de sol

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Josh Beauchamp 

Não foi nenhuma surpresa para mim ser acordado por uma ligação de Sav no meio da madrugada entre o sábado e o domingo. Esse era o momento em que ela mais gostava de irritar sua mãe e eu sempre ia resolver as coisas e impedir que Lívia gritasse com a filha até acordar a cidade inteira. O que me deixou surpreso foi saber onde ela estava.

Any tem se colocado demais no meu caminho e no começo eu comecei a ficar irritado com isso. Ela viu o que não deveria ver e tinha a cara de alguém que adorava fofocar por aí. Eu não podia correr o risco de Sofya saber de algo assim e vir me questionar, porque eu detestava ter que mentir para a minha filha, mesmo que já tenha escondido coisas demais dela.

Depois do incidente com Any no banco, eu vi que ela era inofensiva, eu vi a inocência brilhar nos olhos dela desde o primeiro instante em que percebi que eu a abalava. Era comum que as mulheres se sentissem atraídas por mim, mas com ela era diferente. Any parecia querer correr de mim, mesmo não conseguindo tirar os olhos quando estava perto.

A inocência dela me lembrava Taylor e isso me fazia ter raiva, não de Any, mas de mim. Em treze anos eu jamais fui capaz de comparar nenhuma outra mulher com Taylor, ela era única, estava acima de qualquer outra e ninguém chegava aos seus pés. Mas aí Any apareceu com aquele brilho familiar nos olhos e aquela mania de sempre estar no meu caminho. Isso era típico da Taylor e me dar conta dessa semelhança me deixava cheio de fúria. Não, ninguém é igual a ela! Ninguém pode ser igual! Ou pode?

Confesso que encurrala-la em seu apartamento foi apenas uma desculpa para chegar mais perto e tocar nela. Talvez eu me arrependesse disso depois, mas no momento eu só conseguia pensar no cheiro dela, tão doce quanto o seu nome, que eu me recusava a proferir. Eu vi ela tremer quando eu cheguei perto e estava até torcendo para que suas pernas vacilassem só para eu ter uma desculpa para segura-la.

Foda-se! Eu tinha que ficar longe de Any. Estar perto dela me lembrava de um passado que eu nunca mereci e acabei perdendo. Taylor tinha ido embora desse mundo por minha culpa e eu nunca mais deveria ousar dar o meu amor para nenhuma mulher. Eu sempre amaria Taylor e deveria manter isso assim em respeito à ela.

Quando parei em frente à casa de Lívia, a avistei na entrada do Hall, vestindo um roupão cinza, de braços cruzados, batendo o pé no chão e com uma expressão bem irritada. E lá vamos nós mais uma vez.

— Savannah? — dei uma leve sacudida em Sav que estava deitada no banco de trás. — Nós chegamos, precisa acordar.

— Ah não, me leva com você, tio Josh! Eu posso dormir com a Sofya essa noite. — choramingou.

— Você não vai querer irritar ainda mais a sua mãe. Mas não se preocupe, eu não vou deixar que ela estoure os seus ouvidos com a gritaria. — ela riu.

— Ok. — suspirou.

Saímos do carro e começamos a andar até Lívia. Sav vinha atrás de mim como se quisesse me usar como escudo para um possível ataque, mas sua mãe jamais a machucaria. Se ela um dia fizesse isso, eu a mataria.

— Você acha correto me deixar preocupada desse jeito? Você podia ter morrido! — Lívia esbravejou.

— Não seja dramática! — Savannah disse.

— Sua mãe estava preocupada. — a olhei com repreensão.

— Ok. — Sav encolheu os ombros. — Me desculpe, mamãe, o que eu fiz foi errado.

— Claro que foi! — Lívia continuou com o tom de voz alterado. — Foi para aquela boate de novo, não foi? Eu juro que vou processar aquele lugar!

Doce Amargo(Adaptação)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang