Um mal e um bom dia

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Elizabeth estava arrasada, não podia crer no que estava acontecendo agora. Sabia que sua relação com Mael estava ruim, mas pensou que tudo pudesse se resolver de alguma forma, contudo, ele acabou com tudo em uma simples mensagem de texto? Por acaso o relacionamento deles de quase dois anos foi tudo uma piada?

— Eu vou matar ele! Droga, eu juro que vou! — disse Merlin irritada. 

Muitas coisas eram inaceitáveis para Merlin, ferir um de seus preciosos amigos era uma delas. Sua vontade era de sair pela porta de seu apartamento e voar até a casa de Mael, assim quebrar a cara dele com a primeira panela que ver pela frente. Isso era cruel? Sim, a penela não merece tal coisa.

Merlin nunca foi com a cara daquele homem, pois ele era perfeito em tudo. Homens perfeitos não existiam e ela acreditava fielmente nisso, pois tudo tinha sua falha. Mael tinha algo ruim e nada tirava isso de sua cabeça, até que chegou o dia que ele finalmente terminou com sua melhor amiga de uma forma covarde, contudo, ela não estava feliz em dizer que estava certa. 

Demorou muito para conseguir acalmar a albina e não tinha mais tempo para nada, já que seu trabalho iria se iniciar em menos de cinco minutos. Entre seu trabalho e cuidar de sua amiga, era óbvio que ela escolheria cuidar de sua amiga, por isso estava até deixando suas pastas de lado. 

— Não precisa ficar comigo, você chegará atrasada para o seu trabalho. — disse a albina chorosa. 

— Meu trabalho não é mais importante do que minha melhor amiga. Um dia de falta não vai fazer mal algum. — retrucou Merlin.

Quando Elizabeth abriu a boca para dizer algo, o celular de Merlin começou a tocar, era  do seu trabalho. A morena revirou os olhos e bufou, pelo visto estavam precisando dela na empresa e já perceberam que ela iria faltar, pois jamais chegaria em cima da hora em seu local de trabalho.

— Pode ir, eu vou ficar bem, é sério. — insistiu Elizabeth. 

Depois de tanto esforço, conseguiu fazer Merlin mudar de ideia e ir trabalhar. Elizabeth poderia escutar os choros dos funcionários da empresa que Merlin trabalhava, choros de agradecimento por fazê-la ir trabalhar. Tendo que voltar para a sua casa, a jovem foi com sua amiga até a estação de trem. 

— Ainda acho que posso faltar hoje. — falou a morena fazendo bico. 

Elizabeth começou a rir da amiga que estava sendo infantil, mas agradecia por dentro pela amiga maravilhosa que Deus deu a ela.

— Tenho certeza que todos precisam de você lá! 

Suspirando, a morena se deu por vencida e não tocou mais no assunto, mas logo reparou em alguém familiar dentro daquele mesmo trem que elas. 

— Você… — Merlin estava prestes a chamar tal pessoa, mas seus olhares se encontraram e isso não foi mais necessário.

— Ah! Vocês! — gritou Diane sorridente. — Lembram de mim? — perguntou a jovem animada. 

— Como esquecer alguém que cantou "Wait a minute" conosco em uma cela na cadeia de madrugada? — disse Merlin em um tom zombeteiro.

Diane começou a rir apenas de lembrar do momento divertido que criaram em uma situação desesperadora. Logo seu olhar foi para a albina sentada ao lado de Merlin, seus olhos estavam avermelhados.

— Está tudo bem? — perguntou a universitária preocupada. 

Elizabeth se surpreendeu com a pergunta dela, talvez ela estivesse tão ruim que era fácil de perceber. 

— Estou sim… É apenas meu namorado que terminou comigo… por mensagem. — respondeu querendo voltar a chorar. 

— E-Eh? Que tipo de bastardo faz isso?! — Diane ficou chocada com o que houve. 

As long as you love me Onde as histórias ganham vida. Descobre agora