09 | 𝐉𝐮𝐬𝐭𝐢ç𝐚

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Era quarta-feira. Aiko já não estava no hospital, recebeu alta ontem. Estava se sentindo bem, porém triste por só estar autorizada a se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas por enquanto, para evitar qualquer esforço.

Tanaka foi espancado por Iori e Yaru, teve o que merecia. Naquele dia, ele voltou rastejando para casa.

Agora, eu estava na escola, juntando as minhas coisas para ir embora. Já não tinha quase ninguém na sala de aula. Lola me esperava na porta.

- Você vai ficar bem mesmo? - Lola pergunta continuando a conversa que tivemos no intervalo enquanto coloco a mochila nas costas, nós caminhamos pelo corredor. - Digo, é a primeira vez que ficará sozinha, e...

-- Não se preocupe. Vai dar tudo certo. - Tento a tranquilizar.

-- Se fosse ao contrário, eu odiaria ter que ficar dois dias por aqui sem você. - Responde e eu viro os olhos.

Assim que chegamos no banquinho de madeira no qual eu vinha esperando o motorista todos os dias, o carro branco que buscava Lola estaciona do outro lado da rua.

- Até segunda-feira, Cherry! - Se despede indo em direção ao carro. - Te mando mensagem depois.

- Até! - Digo tirando meu celular flip do bolso da calça, o abro enquanto o pingente em formato de cerejas faz barulho de sino.

- Eaê. - Ouço alguém me chamar atenção, desvio o olhar do celular para onde vinha a voz. Era Mikey, o líder da Toman. ‐ É uma boa ver você aqui. Sabe, eu descobri quem eram os outros três que acompanhavam Tanaka Ryotaru. - Eu arregalo os olhos.

- Descobriu? - Ele tira um papelzinho do bolso e me entrega.

- Aí tem os nomes. Eles não são mais membros da Toman, já sabem que foram identificados.

- Obrigada. - Guardo o papel no bolso da minha mochila. - Tomaremos providências em relação à eles, assim como foi com Tanaka.

- O que fizeram com ele? - Pergunta curioso.

- Foi espancado. Voltou para casa rastejando como um verme.

- Hum... E como tá a garota?

- Bem, mas por agora, andando com ajuda de uma cadeira de rodas. - Ficamos pouco em silêncio. - Aiko me disse que você e o seu vice foram a visitar no hospital...

- Ah, é. - Por um momento, pensei que estivesse o vendo pouco sem jeito.

- Obrigada por isso, Aiko pareceu muito feliz por terem se importado com ela. - Agradeço e percebo o carro do motorista estacionando. - Tenho que ir. Até outro dia. - Me levanto, atravesso a rua e entro no carro. Fiquei observando o garoto ainda no banco pela janela do carro. Quem será que ele esperava todos os dias para ir embora? Hiro disse que encontrou apenas registros de uma irmã também menor de idade...

Na noite daquela quarta-feira, passei os nomes que Mikey havia me dado à Yaru, que com a ajuda de Iori e Hideki, fizeram o mesmo que foi feito com o primeiro com os outros três.

Cheguei sozinha no colégio na quinta-feira, Lola foi para a Europa à trabalho. Não era como se as pessoas não tentassem se aproximar de mim, porque elas tentavam, mas eu não tinha interesse em conversar com ninguém no momento. Passei a manhã olhando pela janela da sala de aula.

Quando finalmente deu meio dia, eu estava esperando o motorista quando Mikey apareceu de novo. Não conversamos muito, mas as poucas palavras que trocamos foi jogando algum assunto fora.

O dia seguinte estava sendo semelhante. Quando o sinal do intervalo tocou, desci depressa. No caminho, tirei o plástico do meu pirulito e o coloquei na boca, deixando apenas o palitinho do lado de fora.

Fui até um canto afastado do quintal do colégio e me deitei na grama. Fiquei olhando os pássaros que voavam em grupos no formato de um "V" invertido enquanto tinha meu pirulito sabor cereja na boca. Será que cada um desses grupos era tipo uma gangue de passarinhos?

- Oi. - Uma sombra tampa a minha visão do céu, eu franzo o cenho. Me sento e vejo Mikey, de novo. Dessa vez, seu amigo da tatuagem de dragão estava consigo. - Você tem um minutinho? - Eu murmurro um "Hurun". - Tá sozinha hoje?

- A amiga desatenta não veio? - O vice-líder da Toman se pronuncia antes que eu pudesse responder Mikey.

- Não, a Lola foi pra Europa. E ela não é desatenta, você que parece um poste e fica no caminho dos outros. - Retruco. Percebo sua expressão mudando.

- Kenzinho, não viemos brigar, esqueceu? - Mikey diz e vira a atenção à mim novamente. - Eu e o Kenzinho iríamos te perguntar uma coisa, mas já que tá sozinha, cê' quer almoçar com a gente? - Draken me olha de canto de olho, parecia não estar curtindo a situação.

- Hum... Posso pensar nisso. - Respondo simples.

- Beleza. Se decidir que sim, me encontra no fim da aula na sala do segundo ano. - Diz sorrindo com os olhos fechados e sem mostrar os dentes.

- Peraí. Segundo ano? Você é mais velho que eu? - Pergunto assustada.

N⁰ de palavras: ⁸¹⁸

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N⁰ de palavras: ⁸¹⁸

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