[NÃO FINALIZADA]
❦ 𝕮𝖍𝖊𝖗𝖗𝖞 era uma boa garota, mesmo cometendo pequenos furtos diariamente devido sua condição de vida. Geralmente, garotas assim, tendem a se submeter à condições extremas para conseguir no mínimo uma refeição ao dia, mas...
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— Cherry. Cherry. Cherry! - Ouço o meu nome sendo repetido várias vezes. Eu conhecia a voz, mas preferi continuar com os olhos fechados. - Acoooorda! Você tem que ir para a escola! - Eu já estava me esquecendo.
— Escola! - Me levanto em um pulo. Olho para o relógio que eu deixava perto da cama, eu tinha uma hora e meia para me arrumar.
— O papai tá te esperando pra tomar café da manhã. Me pediu para te chamar. Mas sabe, essas escadas do seu quarto são muito chatas de subir. Tentei te chamar lá de baixo, mas você não acorda nem com um terremoto. - Eu desperto e caminho calmamente até o banheiro que ficava no segundo andar do meu quarto, onde estávamos. - Vamos logo, eu tô com fome! - Me apressa.
— Calma aí.
No banheiro, faço algumas das minhas higienes matinais e volto calmamente para próximo á Liz.
— Pronto, vamos.
Liz era minha irmãzinha. Veio comigo do orfanato, Hiro nos adotou juntas.
Nós descemos as escadas em formato de caracol do meu quarto. Quando íamos até a porta, eu parei.
— Ah, eu tenho que dar comida aos meus animais. Pode ir descendo se quiser. - Digo, o que faz Liz continuar seguindo.
— Não demora! - Murmura antes de atravessar a porta.
Vou até o meu aquário que ficava nos fundos do quarto, em baixo do segundo andar que se estendia até o meio do cômodo espaçoso. Era um aquário longo, com cerca de dez metros, porém com mais ou menos um metro e meio de altura.
Peguei a ração para peixes que eu guardava dentro da estante e joguei alguns grãos na água. Os peixinhos vieram todos á superfície, com fome.
Eu criava diversos tipos de peixe ali, todos muito coloridos. Mas mesmo sendo muitos, Lilith, a gatinha, nunca ligou pra eles. Acho que ela não gosta, apesar de sua ração ser sabor peixe.
Lilith foi o segundo animal no qual dei ração. Coloquei cerca de meio copinho dentro da sua vasilha. Ela com certeza não comeria agora, já que estava dormindo em seu playground para gatos.
Agora o último dos meus animais: Orfeu, a serpente. Fui até o frigobar minúsculo que tinha no quarto apenas para guardar a sua comida, peguei um dos ratinhos congelados com uma grande pinça e coloquei no alcance de Orfeu, que pegou o ratinho dando um bote e em seguida, se enrolando para o devorar.
Orfeu era uma serpente albina, ou como eu gostava de chamar, "prateada". Foi dele que veio o nome da minha gangue: Silver Snake, ou Serpente Prateada, como preferir.
Agora, como eu consegui virar líder de uma gangue de adolescentes? Bom, essa é uma longa história.
Tudo começou quando eu pedi à Hiro que me colocasse em aulas de luta. Dominei cada uma delas: Judô, Karatê, Jiu-Jitsu, Boxe, Esgrima, Muay Thai e até mesmo Defesa pessoal.
Em algum tempo, comecei a ensinar tudo que aprendi à Liz. Quando Hiro descobriu, me chamou para termos uma certa conversa. Isso foi há pouco mais de um ano.
Eu sabia que Hiro tinha suas formas de conseguir dinheiro. E eu também sabia que Hiro era proprietário de um dos maiores casinos de Tóquio. Sempre imaginei que fosse dali que todo o dinheiro vinha, mas eu estava errada. Ou quase.
Durante o dia, o Casino Vosz era uma casa comum de apostas, mas durante a madrugada, era o ponto de encontro da Yuugen, a gangue de marginais na qual Hiro era o líder, mas não fundador.
Vosz Takashi fora o fundador e líder da primeira geração de Yuugen. No início, era uma gangue voltada ao tráfico de drogas, na qual todos as outras gangues temiam. E após a morte de Takahashi, seu título foi passado ao seu filho, Hiro, que encerrou os trabalhos com o tráfico e voltou a gangue para o seu cassino.
No mesmo dia em que Hiro me contou sobre, ele me fez uma pergunta que ficaria marcada pelo o resto da minha vida: "Você quer continuar isso?" Foi o que ele me disse, e a minha resposta foi sim.
A partir daí, eu comecei a estudar sobre as gangues da região todos os dias. Tinha em mente que precisava de cinco ou mais pessoas de confiança para preencher as vagas da linha de frente da Silver Snake como Golden Snakes. E as minhas escolhas até então foram as seguintes:
ITO YARU: Golden Vice-Líder da Silver Snake;
TAKEDA IORI: Golden Capitão da primeira divisão;
AKIMIHA LOLA: Golden Capitã da segunda divisão;
SAITO HANA: Golden Capitã da terceira divisão;
SUSUKE HIDEKI: Golden Capitão da quarta divisão;
Esses eram os meus Goldens. Todos escolhidos a dedo, e com habilidades excepcionais.
Yaru era filha de uma das cozinheiras mais famosas de Tóquio, que era chefe de cozinha aqui na mansão Vosz. Nós nos víamos quase todos os dias. Ela é um ano mais velha que eu.
Iori era meu melhor amigo. Nos conhecemos na academia de Esgrima. Tínhamos a mesma idade, porém Iori não estuda na mesma escola na qual iniciarei hoje, estuda num colégio militar.
Lola era modelo, saia do país mensalmente devido ao trabalho. Sua mãe é francesa e seu pai era americano, mas já faleceu há alguns anos. Ela veio para o Japão em busca de novas oportunidades como Top Model.
Hana veio de uma família rica. Neta de antigos condes e condessas com linhagem de sangue puro. Seu pai é vice-líder da Yuugen, e melhor amigo de Hiro.
Hideki era o namorado de Hana. Seu pai, avô e bisavô, foram soldados. Ele e Hana começaram a namorar quando Hideki ingressou na gangue como Silver, e em pouco tempo, foi escalado à Golden devido suas excelentes habilidades em combate.
No próximo final de semana, nós, Goldens, nos reuniremos na sexta-feira para discutir sobre prováveis novos Silvers que estão dispostos a entrar na gangue. No sábado seria a admissão de alguns deles.
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