Encontro às cegas • Drarry

CAPITULO CINCO

Pense em quanto amor já foi desperdiçado
As pessoas sempre tentam fugir dele
Seguem em frente para impedir o coração de se partir
Mas eu não estou correndo de nada
Você me torna forte
— Strong: One Direction

1 anos atrás.
Harry Potter P.O.V

24/12/2020

Eu sempre amei o Natal, as luzes coloridas, os presentes na manhã seguinte, a família reunida em torno de uma grande mesa, relembrando os melhores momentos que passamos juntos, despejando nosso amor enquanto justávamos nossas mãos em oração para o que quer que cada um de nós acreditássemos.

É a melhor época do ano, ou era, pelo menos até hoje.

Não quero ser pessimista, mas passar o natal longe de meus pais, meus padrinhos, avós, não é  algo que sei lidar, pode me chamar de mimado, talvez eu seja, mas sinto meu coração apertar, e meus olhos se encherem de lágrima a cada hora que se passa e percebo que não poderei estar com eles hoje.

Todo ano faço questão de estar preparado, com as passagens em mão, pelo menos três meses antes do dia 23, confirmo com todos meus compromissos que não estarei presente, mas dessa vez, não importa o quanto tenha me preparado, o universo não esteve a meu favor, uma tempestade de neve fechou o aeroporto de Nova Zelândia, essa manhã, e me vi preso em Londres, enquanto toda minha família conseguiu, felizmente, chegar a tempo na casa dos meus avós.

Meu voo foi cancelado, a única resposta que obtive da companhia aérea foi que eles me relocariam para o mais próximo possível, isso pode ser em horas, ou dias, por isso aceitei a ideia estupida de Delilah para comemorar o Natal na balada local, Lucius e Narcisa estariam fora da cidade por causa de trabalho, e ela não queria ficar sozinha em casa com Draco, então empurrou nos dois para a forma mais triste que alguém poderia passar um feriado familiar: em uma boate acabada, enchendo a cara de bebida barata e amendoim fora da validade.

— Se for para você passar a noite bebendo cerveja, escorado no canto, eu não te traria. — Delilah diz, passando o braço ao redor do meu pescoço, descanso minha mão em sua cintura, enquanto levo a garrafa mais uma vez até meus lábios. — Não seja chato, se divirta.

— Estaria me divertindo se estivesse em um avião a caminho de nova zelandia agora.

— Mas não está. — Ela deixa um beijo em minha bochecha, não consigo evitar de sorrir. — Está comigo agora, então aproveite a noite.

— Impossível fazer isso quando você está em meus braços, estragando qualquer chance que eu tenho com alguém aqui.

— Está me dizendo que tem alguém em vista? —  Delilah se afasta, ficando ao meu lado, olhando para a boate, enquanto cruza os braços em frente ao corpo. — Aquele menino. — Ela aponta para um moreno no canto da pista de dança. — É bem bonitinho.

— Ele se parece comigo, não curto isso. —  Reviro os olhos, não perdendo muito tempo encarando o garoto.

—  Prefere ruivos? —  Ela pergunta, virando a cabeça em direção a Rony. —  Amigos para amantes?

—  Não, pelos deuses. —  Gargalho, limpando um pouco da cerveja  que escorre pelos meus lábios. —  Que nojo, seria como dormir com você.

— Então quem você tem em mente? Posso junta os dois como presente de natal, te faria mais feliz? —  Ela aperta minha bochecha, esticando meus lábios para que eu dê um sorriso falso.