Capítulo trinta e oito

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(N/LUKE YAAAAAAAAAAAAY BOA LEITURA)

O som do tiro ecoa pelas paredes finas do lugar e aí tem um silêncio absoluto. O único som ouvido é a respiração pesada e o barulho de alguém arfando por ar. Sangue está pingando no chão de cimento, escurecendo ao que ele atinge o chão frio. A arma cai no chão, fazendo um barulho alto. Louis olha para si mesmo, a boca seca e os braços doendo e ele olha de volta para Nick. Aqueles segundos de luta por sua vida pareceram a eternidade. A respiração de Louis está alta e ele não parece conseguir ar o suficiente em seus pulmões e seu coração está palpitando tão alto em seus ouvidos que ele mal consegue pensar. Ele olha para Nick, que tem as mãos agarrando os braços de Louis ainda e Nick olha para si mesmo e então para Louis e congela completamente. O sangue rubro pinga no chão e Louis não consegue fazer nada sem ser parar ali antes dele perceber o sangue pingando da camisa de Nick. Louis olha entre o sangue e a arma que caiu no chão entre eles. Aqueles minutos tentando arrancar a arma das mãos de Nick voltaram para ele. Ele conseguiu bater na mão dele e roubar a arma dele, e no processo Louis apertou a arma em defesa, mas ele não apontou para o peito de Nick. Então como raios a bala acabou no peito de Nick? Louis tenta processar o que fazer, porque puta merda, ele basicamente acabou de matar alguém. Se ele não fosse para a cadeia por um relacionamento ilegal com um aluno, ele definitivamente iria pelo assassinato de alguém. Os olhos azuis de Louis se enchem de lágrimas e ele dá um passo para trás, as pernas tremendo e sua garganta se apertando. Nick tenta andar para frente, mas tropeça, eventualmente atingindo o chão, a sala sendo preenchida por seus sibilos altos e horríveis.


"Eu não quis fazer isso."


"Você deu um tiro nele," uma terceira e esquecida voz sussurra.


Louis olha de um Nick sofrendo para cima e então as lágrimas começam, como se elas já não estivessem lá. Eleanor para ali, os olhos castanhos cheios de terror ao que ela encara entre Nick e Louis e Louis balança a cabeça.


"Eu não quis fazer isso! Juro que eu não queria! Você viu que ele estava prestes a me matar, eu atirei na direção da perna dele só para me salvar. Nem ao menos estava apontada para o peito dele," Louis borbulha.


Tem um silêncio longo e Louis jura que pode ouvir ainda o tiro ecoando nas partes mais escuras da sua cabeça. O ar está frio e ele penetra na sua pele como se fosse um edredom invisível, o ar está ficando misto e ele sabe que precisa sair dali antes de ter um ataque de pânico. Eleanor é a primeira a se mover e ela se agacha ao lado de Nick, que caiu ao seu lado, os olhos marejando e as pálpebras quase fechadas. Os músculos de Louis e seu corpo estão travados e ele literalmente não consegue se mexer.


"Nick, você tem que ficar comigo," ela sussurra.


Ele não responde, só a encara, seu corpo tremendo ligeiramente e sua respiração ficando mais suave. Ela tira o cabelo do rosto dele.


"Eu vou te levar para o hospital, okay? Você só precisa ficar comigo,"


"NÃO! Você não pode! Eles me levarão, eu não queria que isso acontecesse," Louis grita.


"Você não pode esperar que eu o deixe aqui para morrer, porra! Onde raios eu vou o colocar uma vez que ele morrer aqui? Você irá para a cadeia o levando para o hospital ou o deixando aqui! Se ele sobreviver, você irá para a cadeia por tentativa de homicídio, e se deixarmos ele aqui e ele sobreviver, você irá para a cadeia por namorar um menor, sem mencionar que ele é a porra do seu aluno! Você é nojento!" Eleanor cospe.

Homophobic 》larry stylinson (portuguese version)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora